segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Honra e Vergonha

Tive conhecimento, pela imprensa, de uma história verdadeiramente admirável. O protagonista é Hiroo Onoda e, com certeza, a muitos tal nome não dirá nada. Mas Hiroo Onoda é o nome de um alferes do Exército Imperial Japonês que, não acreditando, que a guerra tinha acabado, continuou a combater nas Filipinas até 1974.
Onoda recebeu ordens para defender a ilha de Lubang até à morte e quando os americanos enviaram panfletos anunciando o fim da guerra julgou tratar-se de uma manobra para se render. Viveu na selva, mais quatro companheiros, sem perceber essa grande mudança no mundo, comendo o que colhiam e o gado que roubavam, e combatendo o exército filipino em forma de guerrilha.
Quando finalmente foi encontrado foi preciso trazer do Japão o seu major para que este lhe desse a ordem de abandonar o combate. Onoda respondeu: “Sim, meu Major!” e entregou a espada ao presidente das filipinas tendo este a devolvido, de seguida, respeitosamente.
A história de Onoda é uma história de honra, mas também de vergonha que teima em desaparecer em muitas pessoas. Onoda assumiu um compromisso e cumpriu e sempre que se assumem compromissos devem ser respeitados, sejam na vida quotidiana, seja na vida pública como por exemplo numa eleição. O que não se pode é “abandonar as armas”. Foi o próprio Onoda que o disse numa entrevista: “ a cultura do Japão é baseada na vergonha. Em Lubang defendi a minha honra e cumpri a minha missão até ao fim”.

2 comentários:

Anónimo disse...

Bom post, sim senhor! Bem, eestá na hora de dar uma voltinha pela marina da barragem... Até logo.

Anónimo disse...

È preferivel dar um passeio de avião até aos Açores e depauperar mais umas dezenas de milhar em demagogia....O moço já aprendeu, que a verdade, mesmo em politica, é que nos faz Homens.
Quanto ao post, está ótimo, já conhecia essa história, e é bem demonstrativa da cultura que está tão enraizada na alma daquele povo.Samurais e kamikazes são disso um bom exemplo.