Tive conhecimento, pela imprensa, de uma história verdadeiramente admirável.
O protagonista é Hiroo Onoda e, com certeza, a muitos tal nome não dirá nada. Mas
Hiroo Onoda é o nome de um alferes do Exército Imperial Japonês que, não
acreditando, que a guerra tinha acabado, continuou a combater nas Filipinas até
1974.
Onoda recebeu ordens para defender a ilha de Lubang até à morte e quando os
americanos enviaram panfletos anunciando o fim da guerra julgou tratar-se de
uma manobra para se render. Viveu na selva, mais quatro companheiros, sem
perceber essa grande mudança no mundo, comendo o que colhiam e o gado que
roubavam, e combatendo o exército filipino em forma de guerrilha.
Quando finalmente foi encontrado foi preciso trazer do Japão o seu major
para que este lhe desse a ordem de abandonar o combate. Onoda respondeu: “Sim,
meu Major!” e entregou a espada ao presidente das filipinas tendo este a devolvido,
de seguida, respeitosamente.
A história de Onoda é uma história de honra, mas também de vergonha que
teima em desaparecer em muitas pessoas. Onoda assumiu um compromisso e cumpriu
e sempre que se assumem compromissos devem ser respeitados, sejam na vida
quotidiana, seja na vida pública como por exemplo numa eleição. O que não se
pode é “abandonar as armas”. Foi o próprio Onoda que o disse numa entrevista: “
a cultura do Japão é baseada na vergonha. Em Lubang defendi a minha honra e
cumpri a minha missão até ao fim”.
2 comentários:
Bom post, sim senhor! Bem, eestá na hora de dar uma voltinha pela marina da barragem... Até logo.
È preferivel dar um passeio de avião até aos Açores e depauperar mais umas dezenas de milhar em demagogia....O moço já aprendeu, que a verdade, mesmo em politica, é que nos faz Homens.
Quanto ao post, está ótimo, já conhecia essa história, e é bem demonstrativa da cultura que está tão enraizada na alma daquele povo.Samurais e kamikazes são disso um bom exemplo.
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