segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O Natal que foi o último do George Michael

No dia 1 de dezembro é tradição, cá por casa, recolher os enfeites de Natal do sótão. É um ritual quase místico que aumenta à medida que crescem as memórias dos Natais passados. Abrir a caixa das bolas e das luzes da árvore é como abrir um sarcófago egípcio que liberta, naquele instante, um sem número de espíritos e toda a classe de pensamentos que viajam no tempo desde outros e longínquos Natais. E lá vem o “coelhinho que vai com o palhaço e o pai Natal ao circo”  seguido, muito de perto, pela música dos Wham, ainda do tempo em que o George Michael não tinha comocionado as minhas colegas de liceu assumindo a sua homossexualidade. Dos Natais sempre gostei de tudo, com exceção, talvez, das músicas de época. Sempre as achei mais ao gosto de quem ouvia os Spandau Ballet em vez do palato de quem misturava o metal com sons mais crus como The Cure ou Pink Floyd mesmo da fase pós Barrett. Fecho a caixa das bolas, guardo os espíritos por mais uns dias, chega de memórias.
Por cá o Natal já mostra existência com o presépio do jardim a ser preparado. Os eventos solidários também se multiplicarão e a agenda será apertada. Sempre questionei se será boa ideia de se guardarem todos para a mesma época do ano. Mas pronto, também é tradição.
Para já, destaco a feira do livro na biblioteca municipal de 3 a 7 de Dezembro. Aproveitem para comprar alguma prenda de Natal que bem poderá ser o último do Ásterix, que desta vez vai para a terra dos Pictos, se quiserem uma leitura mais descontraída. Um conselho: se aproveitarem para comprar o livro da Ágata Roquete sobre a Dieta dos 31 dias lembrem-se de começar apenas em janeiro, já que esse mês também terá 31 dias e o sacrifício será menor que em dezembro com tanto doce e chocolate.

1 comentário:

Anónimo disse...

No meu tempo, no Natal, não havia!!! Ahahahah!