segunda-feira, 8 de abril de 2013

Olhemos para a Finlândia!


A decisão do Tribunal Constitucional de declarar, como não respeitando a Lei Maior, algumas das propostas do governo para o orçamento lançam Portugal de novo para as parangonas e para o olhar atento das instâncias internacionais.
Lança o governo para um ponto de não retorno entre não poder reduzir o défice e ter que conseguir medidas avulsas para substituir os 1080 milhões de euros que a decisão do tribunal custou ao orçamento. O governo, pela segunda vez, testa os limites da Constituição talvez pensando que a ameaça de crise política deixaria passar tudo.
O governo abordou de forma pobre a reforma do Estado e a oposição falou de forma simplista sobre o mesmo assunto. E é este o ponto mais assustador: com a falta de diálogo na política portuguesa não se vai chegar a consenso nenhum.
Há dias alguém me falou que necessitamos de um novo paradigma e que isso surgiria com a troca de governo. Pois bem, esta semana o primeiro ministro finlandês questionado sobre como consegue liderar uma coligação de seis partidos de esquerda e direita respondia o seguinte: “Não temos nenhum compromisso ideológico e o único elo que nos une é o pragmatismo e o sentido de responsabilidade. Definimos os objectivos, discutimos as medidas e comprometemo-nos com elas. Não há outra solução”. Está claro?
Disse mais o primeiro ministro finlandês: “acreditamos em coisas simples, como trabalho duro, educação, educação, educação e inovação”. Foi assim que a Finlândia, nos anos 90, conseguiu superar uma situação semelhante à nossa. É este o novo paradigma!

1 comentário:

carlos disse...

Olhemos para Campo Maior!