Este era o post
que devia ter sido depois da Páscoa. As águas não permitiram e agora que
acalmaram aqui está ele. Acabou por calhar bem esta troca porque o tema da
Enxara mostrou algum desânimo nas pessoas, a julgar pelos comentários que ouvi.
Alguns desses comentários até surgiram, aqui mesmo, no blogue. Por isso, este
post de hoje tem uma mensagem positiva e uma dedicatória especial. É dedicado
ao Xavier Golaio, um rapaz de 15 anos, com as ideias mais arrumadas que muitos e
muitas aos 30 ou 40. Em conversa no chat disse-me que era leitor habitual do DeCampoMaior
sabendo até as horas a que costumo publicar. Agradeço-lhe por isso.
O post é dedicado
ao Xavier mas decerto que haverá mais por ai. Afinal é esta a fibra das gentes
De Campo Maior. É esta a fibra da minha “aldeia” de António Gedeão.
A minha Aldeia
Minha
aldeia é todo o mundo.
Todo o mundo me pertence.
Aqui me encontro e confundo
com gente de todo o mundo
que a todo o mundo pertence.
Todo o mundo me pertence.
Aqui me encontro e confundo
com gente de todo o mundo
que a todo o mundo pertence.
Bate o
sol na minha aldeia
com várias inclinações.
Angulo novo, nova ideia;
outros graus, outras razões.
Que os homens da minha aldeia
são centenas de milhões.
com várias inclinações.
Angulo novo, nova ideia;
outros graus, outras razões.
Que os homens da minha aldeia
são centenas de milhões.
Os
homens da minha aldeia
divergem por natureza.
O mesmo sonho os separa,
a mesma fria certeza
os afasta e desampara,
rumorejante seara
onde se odeia em beleza.
divergem por natureza.
O mesmo sonho os separa,
a mesma fria certeza
os afasta e desampara,
rumorejante seara
onde se odeia em beleza.
Os
homens da minha aldeia
formigam raivosamente
com os pés colados ao chão.
Nessa prisão permanente
cada qual é seu irmão.
Valência de fora e dentro
ligam tudo ao mesmo centro
numa inquebrável cadeia.
Longas raízes que imergem,
todos os homens convergem
no centro da minha aldeia.
formigam raivosamente
com os pés colados ao chão.
Nessa prisão permanente
cada qual é seu irmão.
Valência de fora e dentro
ligam tudo ao mesmo centro
numa inquebrável cadeia.
Longas raízes que imergem,
todos os homens convergem
no centro da minha aldeia.
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