sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Platero e eu!

Olha-se pouco para a literatura castelhana, não sei se por ignorância, se por desconfiança ou por lealdade a Aljubarrota. Mas a verdade é que se conhece pouco do que se escreve para lá da raya. Mas de entre os muitos autores espanhóis, domadores de palavras da língua de Cervantes, hoje gostaria de vos falar de Juan Ramón Jimenez autor de “Platero e yo”. Platero é um burro “pequeño, peludo, suave; tan blando por fuera, que se diría todo de algodón”. O livro tinha 138 capítulos de literatura adulta mas, que de escrita simples, parecia adequado ao gosto das crianças. No entanto, havia capítulos com grande crítica social e naquele tempo, tal como hoje, havia muitos burros a querer passar por espertos e a tentar enganar o próximo. Ultimamente tenho notado a presença de alguns deles por aqui e por ali.
Nobel em 1956, Juan Ramón Jimenez, esclareceu no prólogo da sua obra que o livro não era para crianças porque acreditava que a criança pode ler o livro escrito para o homem: “Yo nunca he escrito ni escribiré nada para niños, porque creo que el niño puede leer los libros que lee el hombre, con determinadas excepciones que a todos se le ocurren”.  O livro era para homens mas também, tal como eu hoje, deixo o alerta para os burros…

2 comentários:

Asno de Buridan disse...

Jack,
Essa boca sobre burros foi para mim ?
Não achei piada nenhuma! Não sei se o processe ou se lhe dê uma tareia...sou indeciso por natureza...

Jack The Ripper disse...




Como diria o seu dono Jean Buridan faça o que achar melhor e o que tenha mais perto!