Olha-se pouco para a literatura castelhana, não sei se por ignorância, se
por desconfiança ou por lealdade a Aljubarrota. Mas a verdade é que se conhece
pouco do que se escreve para lá da raya. Mas de entre os muitos autores espanhóis,
domadores de palavras da língua de Cervantes, hoje gostaria de vos falar de
Juan Ramón Jimenez autor de “Platero e yo”. Platero é um burro “pequeño,
peludo, suave; tan blando por fuera, que se diría todo de algodón”. O livro
tinha 138 capítulos de literatura adulta mas, que de escrita simples, parecia
adequado ao gosto das crianças. No entanto, havia capítulos com grande crítica
social e naquele tempo, tal como hoje, havia muitos burros a querer passar por
espertos e a tentar enganar o próximo. Ultimamente tenho notado a presença de
alguns deles por aqui e por ali.
Nobel em 1956, Juan Ramón Jimenez, esclareceu no prólogo da sua obra que o
livro não era para crianças porque acreditava que a criança pode ler o livro
escrito para o homem: “Yo nunca he escrito ni escribiré nada para niños, porque
creo que el niño puede leer los libros que lee el hombre, con determinadas
excepciones que a todos se le ocurren”. O livro era para homens
mas também, tal como eu hoje, deixo o alerta para os burros…
2 comentários:
Jack,
Essa boca sobre burros foi para mim ?
Não achei piada nenhuma! Não sei se o processe ou se lhe dê uma tareia...sou indeciso por natureza...
Como diria o seu dono Jean Buridan faça o que achar melhor e o que tenha mais perto!
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