quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Mais uma história de Natal

Talvez como nenhum outro escritor, Dickens soube transmitir aquela sensação indefinível, mas arrebatadora, que envolve o mundo cristão na quadra festiva do Natal. Menos conhecido que “Conto de Natal” é “The Battle of life” mas também um conto dos chamados de Natal de Dickens. A história passa-se numa aldeia inglesa que fica no local de uma batalha histórica. Algumas personagens referem-se à batalha como uma metáfora para as lutas nas suas vidas. Este livro é o único entre os livros de Natal que não tem qualquer elemento sobrenatural ou explicitamente religioso.
Típico também por cá, é não se resolverem os problemas de uma forma rápida e célere. Um desses problemas é a compensação de aulas para os alunos que estiveram sem professor. Até quarta-feira da semana passada, 89 diretores de escolas tinham proposto ao Ministério da Educação planos de compensação com recurso a um total de 282 horas do crédito de cada instituição e solicitação de um crédito adicional de 732,5 horas ao Governo. As aulas de compensação foram uma das soluções encontradas pelos diretores de escolas para remediar o problema criado pelos atrasos nas colocações e que deixaram milhares de alunos, nas poucas mais de 300 escolas com contrato de autonomia ou em territórios de intervenção prioritária (TEIP), sem professor durante semanas, no início do ano. Há quem diga que não se remediará e que haverá alunos em desvantagem para os exames. Pelo que sei em Campo Maior também há alunos que continuam sem aulas de compensação.

Temas mal resolvidos, temas que se repetem e mais típicos que o Natal…e aqui também sem qualquer elemento sobrenatural.

1 comentário:

Anónimo disse...

E, o que é socialmente mais trágico:

Sempre que a escola falha, o factor família torna-se ainda mais preponderante nos efeitos que condicionam e determinam a qualidade da instrução, da educação e da formação dos mais jovens.
E, ao contrário do que alguns pensam - esses que se fazem eleger para as associações de pais, apenas com o fito de garantir privilégios para os seus filhos -, deviam pensar de modo mais inteligente e compreenderem que, se o futuro dos nossos filhos nos diz directamente respeito, o futuro das novas gerações vai ser determinante para o futuro de todos nós, pois vai afectar a nossas famílias, as comunidades em que vivemos e este país a que pertencemos.
De todos os modos e, porque é de tradição e boa educação, tenham um Santo Natal e um Feliz Ano Novo.