Em 1935, ano em que nasceu o “Monopoly”, Oswald Lord inventou um outro
chamado “Politics”. Lord era um empresário e calculou que se as pessoas estavam
dispostas a jogar “Monopoly” e fingir que estavam ricas, também estariam a
dispostas a jogar “Politics” e fingir que tinham sido eleitas. Anos mais tarde
a mulher de Lord assessorou Dwight Eisenhower e este acabaria por ganhar as
eleições. A senhora Lord aprendera o jogo político.
A meses das legislativas tudo parece um jogo onde as regras são ditadas por
aquilo que a dívida deixa e o défice permite, no entanto, neste jogo Portugal
esvazia-se de empresas. A Portugal Telecom seguirá os caminhos da Cimpor. Não
houve sentido de Estado nos setores estratégicos que Portugal ainda tinha. E
sem empresas fulcrais Portugal perderá peso, até mesmo no espaço da lusofonia. Onde
estaria agora a Caixa se tivesse sido privatizada?
O jogo político deveria, antes de mais, de ser um jogo estratégico. É esse
sentido estratégico que deve nortear as decisões e isto é válido tanto a nível
nacional como local.
1 comentário:
Pois é, meu caro:
Nesses jogos o entretenimento consistia em fingir que se faziam fortunas ou que se tinham conquistado importantes cargos políticos. Faziam-se essas coisas brincando numa espécie faz-de-conta.
Mas, agora, fazendo-de-conta que estão à-séria, brincam com as nossas vidas, como se tratasse de um simples jogo. Assistimos ao modo como alguns alcançam rapidamente grandes fortunas e importantes cargos que lhes conferem enormes poderes, não com fingimentos, nem como entretenimentos. Trata-se da maneira como alguns utilizam truques, recorrem a artimanhas, engendram conspiratas, para satisfazerem as suas ambições, aniquilando no caminho tudo e todos para conseguirem realizar os tenebrosos planos que arquitectaram.
"Sic itur ad astra". Ou seja, “é deste modo que se alcança a glória”. Isto numa tradução muito livre de Virgílio…
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