Oh là là…a França abre as garrafas do seu melhor champanhe e logo duas
vezes seguidas. Já há alguns anos que a França não andava por estas andanças
mas este ano arrecadou, primeiro o Nobel da literatura e depois o da economia.
Na literatura a Academia sueca atribuiu o Prémio Nobel ao escritor francês Patrick Modiano,
destacando o modo como a sua “arte da memória evoca os mais inefáveis destinos
humanos e desvela o mundo da ocupação”. Isto é, da ocupação alemã da França
durante a Segunda Guerra, um tópico recorrente na obra de Modiano, filho de uma
actriz flamenga e de um judeu de origem italiana.
Na economia, Jean Tirole foi distinguido com o galardão, premiando o seu
trabalho sobre a organização dos mercados. Deixa uma mensagem simples mas
forte: a regulação é fundamental em mercados onde há situação de domínio
monopolista ou oligopolista, onde há “falhas de mercado”, como refere a
Academia sueca. O economista francês pretende, contudo, uma regulação
inteligente consciente que, algumas vezes, essas regras serão nocivas.
Para governos de cariz muito liberal talvez seja bom ouvirem tal mensagem. A
concorrência é imperfeita e deve ser regulada. Oh là là se deve…
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