segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Memória

Nascemos sem Memória e se tudo correr bem, vivemos com falsas memórias. Li há dias que, ao contrário do que muitos pensam, a maior parte das nossas memórias não é objetiva, é modelada pela carga emocional associada e pelo efeito do tempo. Experimentem confrontar as vossas memórias de infância com um amigo e irmão e verão que há diferentes narrativas dos mesmos factos.
Além disso há diferentes memórias... de curto prazo, de longo prazo, memória RAM, memória ROM, memórias escritas ou gravadas em CD’s, DVD’s e até as brumas da Memória. Agora imaginem que perdem tudo isso. Primeiro pensem em algo que acontece ao comum dos mortais: perder a informação do disco rígido que se apaga por engano ou os contactos do telemóvel. Sentimos que perdemos algo que queríamos muito preservar.
Pensem agora que todas a memórias se apagam do nosso cérebro. Ficamos sem memória de curto, de longo, da família, dos amigos e até das brumas. Não nos conseguimos lembrar até daquilo que gostaríamos ter esquecido!
É esta a tragédia do Alzheimer e, se os que padecem desta doença esquecem tudo, quem não se esqueceu deles foi o Gabinete Alzheimer Mayor, recentemente criado, e que tem como objetivo o apoio a quem desta doença sofre. As suas Técnicas tentarão que estas pessoas não fiquem isoladas e tenham a melhor das atenções. As maiores felicidades para elas no desempenho desta missão.

A abertura deste Gabinete de apoio contou também com uma exposição de fotografia que, curiosamente, é algo que torna um instante permanente na nossa Memória. 

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