Nascemos sem Memória e se tudo correr bem, vivemos com falsas memórias. Li
há dias que, ao contrário do que muitos pensam, a maior parte das nossas memórias
não é objetiva, é modelada pela carga emocional associada e pelo efeito do
tempo. Experimentem confrontar as vossas memórias de infância com um amigo e
irmão e verão que há diferentes narrativas dos mesmos factos.
Além disso há diferentes memórias... de curto prazo, de longo prazo,
memória RAM, memória ROM, memórias escritas ou gravadas em CD’s, DVD’s e até as
brumas da Memória. Agora imaginem que perdem tudo isso. Primeiro pensem em algo
que acontece ao comum dos mortais: perder a informação do disco rígido que se
apaga por engano ou os contactos do telemóvel. Sentimos que perdemos algo que queríamos
muito preservar.
Pensem agora que todas a memórias se apagam do nosso cérebro. Ficamos sem
memória de curto, de longo, da família, dos amigos e até das brumas. Não nos
conseguimos lembrar até daquilo que gostaríamos ter esquecido!
É esta a tragédia do Alzheimer e, se os que padecem desta doença esquecem
tudo, quem não se esqueceu deles foi o Gabinete Alzheimer Mayor, recentemente
criado, e que tem como objetivo o apoio a quem desta doença sofre. As suas Técnicas
tentarão que estas pessoas não fiquem isoladas e tenham a melhor das atenções.
As maiores felicidades para elas no desempenho desta missão.
A abertura deste Gabinete de apoio contou também com uma exposição de
fotografia que, curiosamente, é algo que torna um instante permanente na nossa
Memória.
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