sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Desculpem lá…

Provavelmente estariam à espera que falasse de alguns casos que geraram insegurança em Campo Maior por estes dias…mas desculpem, tenho que falar de Mandela.
Mandela foi uma figura maior do nosso tempo e um homem que transcendeu, com a sua ação e exemplo, as fronteiras da África do Sul, onde foi presidente e passou grande parte da vida na prisão. Mandela promoveu a reconciliação da África do Sul e a tolerância entre todas as etnias. Desculpem mas isto não tem nada a ver com Campo Maior mas hoje tem que ser assim.
Mas Mandela ainda tem mais a admiração do mundo ao lançar as bases de uma África do Sul onde a convivência pacífica entre raças e etnias está baseada no cumprimento de regras e o respeito mútuo de todos. Se não se cumprirem as regras mínimas da civilização não há sociedade que resista. Mandela sabia disso e foi essa a sua grande vitória. Mais uma vez peço desculpa por estas linhas não terem a ver com a situação De Campo Maior.

Quando escrevo estas linha há poucas horas que Mandela desapareceu. Para sempre ficará a sua a obra e o seu exemplo, esses nunca desaparecerão!

10 comentários:

Anónimo disse...

Caro Jack,
Sem dúvida uma grande perda para a Humanidade. Espero que os políticos locais se inspirem nele para resolver os problemas sobre os quais não falou no seu post.

Invictus

Desta noite que me cobre
Negra como um poço de borda a borda
Eu Agradeço a quaisquer deuses que hajam
Por minha alma inconquistável

Na cruel garra da circunstância
Eu não recuei nem gritei
Sob os golpes da sorte
Minha cabeça está ensanguentada mas não curvada

Além deste lugar de fúria e lágrimas
Surge apenas o horror da sombra
E ainda com a ameaça dos anos
Encontra, e há de encontrar-me, sem temor

Não importa quão estreito o portão
Quão carregado de punições o pergaminho
Eu sou o mestre me meu destino
Eu sou o capitão de minha alma.

William Ernest Henley

Bom fim de semana!

Anónimo disse...

Francamente, não sei porque pede tantas vezes desculpa!
Desculpa porquê?
Por falar de um facto de dimensão universal?
Por dizer aos campomaiorenses que há mais e melhores vidas do que as que se confinam ao limitado espaço de Campo Maior?
Francamente, não entendo mesmo, porque razão se julgou obrigado a pedir, com tanta insistência, desculpa por ter referido a morte de um dos maiores heróis do século XX.
Tem uma opinião assim tão limitada de Campo Maior e dos campomaiorenses?
Olhe, meu caro: eu senti-me ofendido pelas suas insistentes desculpas.
E olhe que nasci e vivo aqui em Campo Maior.

Jack The Ripper disse...


Caro Anónimo das 14:38,


Penso que não percebeu a ironia com que o post foi escrito.

O seu comentário não me ofendeu, você é que ficou mal na fotografia...a menos que também esteja a ser irónica.

Jack The Ripper disse...


Caro Anónimo das 14:38,


Penso que o seu comentário revela algum ressentimento apesar de não o dizer.

Felizmente que a blogosfera é um espaço de liberdade e ninguém é obrigado a ler o que aqui se publica nem a forma como se publica.

Anónimo disse...

O post tem tudo a ver com Campo Maior!!!Onde a tentativa de integrar etnias? Onde um caminho de integração para a etnia cigana? Onde o respeito deste grupo pelos outros, os seus bens,a sua tranquilidade? Onde a capacidade desses outros encontrarem caminhos de integração?
Na África do Sul havia um mundo cortado em dois: o preto e o branco; em Campo Maior temos "Nós" e o "Mártir Santo". Talvez Mandela nos inspire.E a integração, como ele disse, tem na educação o seu caminho predileto...
Sim, o post lembra-nos que falar de Mandela é consensual. Segui-lo é que é mais complexo, também em Campo Maior.Talvez o nosso campo de alma e tolerância seja ainda exíguo...

Anónimo disse...

Boa tarde,

caiu que nem uma luva!!!
Hoje no centro cultural de Campo Maior aconteceu...pois,não acredito em milagres, mas hoje pela primeira vez em muitos anos,que já tenho de vida, vi algo que nunca tinha visto...
Onde andavam os eloquentes,os pensadores, os demagogos?
"Mandela"ouve,escuta-me.Num recôndito lugar entalado entre países existe um pequeno, pequeninoooooooooooo ,lugar chamado, Campo Maior, onde os Homens que nele habitam, se julgam Grandes!!!!
Aconteceu um pequeno facto, muito pequenino,singelo,débil que a população não viu, não sentiu ,não cheirou, não provou, não se deu nada, senão apenas aqueles que lá estavam(no palco)se ofertaram pequenas lembranças. Aconteceu Mandela!!
Onde quer que tu estejas acredita há pequenos "Mandelas" na sombra, tímidos é verdade mas existem.
Pode que um dia, quem sabe, ergam as costas como tu e lutem de forma pacífica, pelo direito a ter direitos...
Gostavam de saber o que aconteceu no centro cultural?Tivessem lá ido....

Anónimo disse...

E tu?
Estivestes lá, no centro Cultural?
Ou ficaste a elaborar, no teu inefável sofá, as tuas ironias?
Olha meu: quem não vai à luta não pode ficar a pensar que mandar bitaites é lutar.
Aquilo foi feio meu!
Mandela morreu mas o racismo está mesmo muito vivo.
Só vendo e ouvindo o que ali se passou...

Anónimo disse...

Muito bem.
Agora caiu a máscara...
Só se publicam os comentários que não beliscam um gigantesco EGO?
Anónimo 14:38

Jack The Ripper disse...


Anónimo das 14:38,


Não, caro anónimo, publicam-se todos os comentários que tenham conteúdo válido.

Anónimo disse...

As pessoas que vêm com teorias de que há racismo em Campo Maior e que não há um trabalho de integração, se calhar, são as mesmas pessoas que dizem que se tivessem uma metralhadora fuzilavam as almas de etnia cigana e que levam uma vida sacrificados com a prestação da casa e estes gajos vão ter casa de borla. A verdade é que esta etnia instalou-se por cá há muitos anos e foi crescendo por cá. Como não os podemos fuzilar, qual é o caminho, pergunto eu, para se resolver a situação? Dar-lhes alojamento? Acho que é o caminho mais provável! Tem de ser! Quem tem propostas concretas e coerentes que se chegue à frente porque, pelos vistos, o povo anda revoltado mas, quando chegou a hora da verdade, todos baixaram as orelhas! E a culpa recai sempre no executivo. E o caminho mais fácil é culpar o executivo. Mas quando se escolhe um dia para se decidir qual o caminho a percorrer, cala-se tudo.