segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O que é preciso é ser feliz!

A expressão do título é recorrente aqui e talvez seja também no Butão, pequeno estado asiático, governado por um rei que preocupado com a felicidade do seu reino, criou um índice para medir o grau de satisfação com a vida dos seus súbditos. A ideia chegou às Nações Unidas que decidiram recriar o indicador a nível mundial e colocaram, na primeira posição do ranking (sim, mais um infame ranking) a Dinamarca.
Esta semana li a comparação feita entre Portugal e a Dinamarca tentando encontrar as causas para tanta felicidade dos nórdicos. Encontrei desde logo uma diferença abissal de rendimentos médios por membro da família. Uns enormes 20121 euros anuais para os vikings contra uns parcos 11776 euros lusitanos. Apetece recordar uma frase do Woody Allen “ o dinheiro não traz a felicidade mas provoca uma sensação tão semelhante que é preciso um especialista para verificar a diferença”.
Mas há outras diferenças assombrosas: na Dinamarca um terço da população ativa é funcionária do Estado. Educação e Saúde são totalmente gratuitas. Então como faz a Dinamarca para pagar este Estado enorme? Na Dinamarca paga-se muitos mais impostos que em Portugal. Dirão, como Hamlet, que alguma coisa está mal no reino da Dinamarca?
Mais…segundo algumas sondagens os dinamarqueses estão dispostos a pagar mais impostos se com isso os Estado lhe der mais benefícios. Podem reler outra vez o que escrevi enquanto eu chamo, desta vez o Obélix, para dizer “estes dinamarqueses devem estar loucos”.
Mas esperem ai…se têm mais rendimentos mesmo pagando mais impostos, ganham o dinheiro a trabalhar? Sim, só que o índice de produtividade é na Dinamarca 119,5 contra 65,4 em Portugal o que quer dizer que um dinamarquês faz numa hora o que um português faz em duas. Aqui está a chave da diferença ficando para reflexão.

Se começam a sentir o canto da sereia (de Copenhaga) e estão a pensar emigrar para a Dinamarca preparem-se porque a lei da imigração é das mais duras da União Europeia. Não é fácil ser-se estrangeiro por lá. E depois na Dinamarca iriam sentir falta do nosso Sol. Na Dinamarca 15% da população sofre de depressão o que segundo os especialistas se deve à falta de Sol e aos longos invernos. Por isso em Portugal, já dizia o Salazar…”pobretes mas alegretes” .

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