Existe, agora,
uma miríade de programas de entretenimento nos canais por cabo. Programas
estranhíssimos sobre pessoas que se dedicam a construções na areia, construções
de aquários, decoração de bolos, casas de penhores e mais uma enorme lista de
conteúdos sobre atividades estranhas. Um destes programas é o Lago dos Tubarões,
uma descrição do tutano do capitalismo. Nesse programa as pessoas são
convidadas e apresentar as suas ideias em troca de dinheiro para investir. O
que as pessoas pedem nunca é aquilo que os investidores darão, isto quando dão.
Normalmente o investidor quer ficar com o controlo e tenta maximizar os lucros.
Karl Marx achava que o lucro era nocivo pois obriga os trabalhadores a produzir
mais do que seria necessário para assegurar o seu modo de vida. Anthony Crosland,
uma antigo político britânico, do Labour ou seja de esquerda, afirmou que, no
futuro, o socialismo deveria definir o lucro como indispensável, só assim
garantido melhores condições para todos. Desta contradição poderíamos concluir
que o Estado deveria reformar-se para dar lucro. Acontece que as medidas
recentes de corte das pensões e de corte definitivo de 10% nos salários dos
funcionários públicos não são medidas para reformar o Estado como nos querem
fazer crer. Pior, isto não contribui para termos um Estado mais moderno, mais
eficaz e dinâmico. O Estado será incapaz de “dar lucro” e de melhorar as condições
de todos. É mais um atentado ao Estado Social e uma machadada na economia real
arrastando-nos para recessões mais prolongadas.
Não era má ideia
que o governo visitasse o Lagos dos Tubarões com algumas ideias verdadeiramente
criativas e benéficas para todos. Talvez lhe as comprassem…ou não!
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