Já me disseram
que se publica poesia quando não há mais tema. Hoje tinha vários mas apetece-me
poesia, agora que o ambiente é mais calmo e agora que já há algum tempo a
poesia não se assomava por aqui. Não vou muito longe, vou até Vila Viçosa
revisitar Florbela Espanca e um poema sobre Saudades.
Saudades!
Sim... Talvez...
E porque não?
Se o nosso sonho
foi tão alto e forte.
Que bem pensara
vê-lo até à morte.
Deslumbrar-me de luz o coração!
Esquecer! Para
quê?
Ah! Como é vão!
Que tudo isso,
amor, nos não importe.
Se ele deixou
beleza que conforte.
Deve-nos ser sagrado como o pão!
Quantas vezes, amor, já te esqueci,
Para mais
doidamente me lembrar
Mais doidamente me lembrar de ti!
E quem dera que
fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade
andasse presa a mim!
1 comentário:
Lindo e com muito significado!
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