sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Saudades

Já me disseram que se publica poesia quando não há mais tema. Hoje tinha vários mas apetece-me poesia, agora que o ambiente é mais calmo e agora que já há algum tempo a poesia não se assomava por aqui. Não vou muito longe, vou até Vila Viçosa revisitar Florbela Espanca e um poema sobre Saudades.

Saudades!
Sim... Talvez...
E porque não?
Se o nosso sonho foi tão alto e forte.
Que bem pensara vê-lo até à morte.
Deslumbrar-me de luz o coração!
Esquecer! Para quê?
Ah! Como é vão!
Que tudo isso, amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte.
Deve-nos ser sagrado como o pão!
Quantas vezes, amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar
Mais doidamente me lembrar de ti!
E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!

1 comentário:

Anónimo disse...

Lindo e com muito significado!