Já vejo o
castelo! Já vejo a torre da matriz! Quando se avista do alto, e depois de algum
tempo ausente, Campo Maior parece imenso. Demasiado imenso para me receber!
Passo a rotunda
do brazão e na avenida demoro-me um pouco a contemplar o placar digital que
preside agora o jardim. Há algo de Orweliano nesta imagem!
Sim, estou de
regresso. Dá inicio mais uma temporada, difícil esta, talvez a mais difícil de
todas até agora.
Atrás ficou o Mar…imenso…demasiado
imenso para dele me despedir.
A Humanidade
Sou o único homem a bordo do meu barco.
Os outros são monstros que não falam,
Tigres e Ursos que amarrei aos remos,
E o meu desprezo reina sobre o mar.
[...]
E há momentos que são quase esquecimento
Numa doçura imensa de regresso.
A minha pátria é onde o vento passa,
A minha amada é onde os roseirais dão flor,
O meu desejo é o rastro que ficou das aves,
E nunca acordo deste sonho e nunca durmo.
- Sophia de Mello Breyner Andresen
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