O sistema de
pensões em Portugal assenta num modelo de repartição, isto é, são as contribuições
das pessoas no ativo que financiam as pensões em pagamento. Esta
característica torna-o muito vulnerável à demografia.
O número de
filhos por mulher diminuiu de 3,2 em 1960, para apenas 1,32 em 2010, um dos
mais baixos do mundo. Ao mesmo tempo, a esperança média de vida à nascença
subiu de 64 anos para homens e 70,3 anos para as mulheres em 1970 para 76,4
anos e 82,3 anos, respectivamente, em 2010. Números que significam cada vez
menos ativos a financiar as pensões e cada vez mais idosos a quem é preciso
pagar a pensão durante mais tempo. Em 2050 preve-se que o rácio entre idosos e
ativos atinja os 58,5% contra os 29% atuais. Com este cenário quem é ativo hoje
só poderá esperar um aumento sucessivo da idade de reforma e uma perda contínua
do poder de compra da pensão atribuída. Só os pensionistas atuais já perderam
25%...Haverá vida antes da morte?
2 comentários:
Às vezes passo à rua Francisco Xara, pela calada da noite e sente-se um cheirinho a bolos muito agradável. Só me apetece entrar na KIDOCE e comer os bolos todos. No sábado só me cheirava a pré-campanha (ou pré da pré-campanha) lá para os lados do Centro Cultural. Não sei porquê... E o cheiro era intenso...
Meu caro:
Para alguns, é fácil encontrar uma saída. Lembre-se do que aquele político japonês disse há pouco tempo, ou seja, que não temos nada que andar a adiar a morte dos velhos, curando-os e cuidando deles, porque é um gasto inútil de dinheiro.
Por enquanto, não me parece mal...
O diabo é pôr-me a pensar - que por por vezes, também tenho o mau hábito de pensar - que, daqui por alguns anos, vai chegar a minha vez.
Confesso que fico um bocado preocupado com isso.
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