segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Campo Maior…Paris…Berlim…Budapeste...


Confusos com o título? E se acrescentar que a televisão alemã esteve em Paços de Ferreira? Não ajuda mesmo nada, pois não? Passo a explicar. Uma equipa da televisão alemã esteve em Paços de Ferreira porque é neste concelho onde se paga a água mais cara do país. Mas porque é que os alemães se interessaram por este tema numa altura que até troika força à privatização de vários setores entre os quais o setor hídrico?
Pois bem, Berlim, que não é uma cidade qualquer, está a “remunicipalizar” (a palavra é tão rara que até deu erro no corretor ortográfico)  o serviço de fornecimento de água.
Em Berlin, o serviço foi parcialmente privatizado em 1999, com a venda de 49,9% do capital da Veolia à RWE. O preço da água na capital passou a estar entre os mais caros da Alemanha e a pressão do movimento cívico Berliner Wasertisch conduziu à remunicipalização. Já foram recompradas as acções da RWE e as negociações prosseguem.
Em Budapeste têm planos similares, seguindo o exemplo de Paris que em 2010 recuperou o controlo público da água. Ano e meio depois baixou 8% a tarifa, financiada pela receita anual estimada em 35 milhões de euros. Na Holanda, em 2004, o governo holandês proibiu o abastecimento por privados e em Junho de 2011 os italianos revogaram, por referendo, o decreto de Berlusconi que previa a privatização dos recursos hídricos.
Se em Campo Maior seguíssemos o exemplo de Berlim, seria como se o município comprasse a Aquamayor. Ideia louca? Capitalismo de Estado? Parece que em Paris e Berlim não acham a mesma coisa…
  

5 comentários:

Anónimo disse...

Isso é para outras paragens!
A CMCM está satisfeita com a cobrança dos residuos sólidos na factura. Só ai é metade do valor total a pagar, e o lixo em Campo Maior é o que se sabe!
Na Alemanha as ruas são limpas e sem porcaria por todo o lado! Vim de lá há 5 dias e não vi ninguém a atirar papéis ao chão ou levar o cão a defecar na rua!
Remunicipalizar é uma utopia na realidade actual. Agora, se for preciso criar mais uma empresa municipal para pensar nisso...

Anónimo disse...

Recordar que desde 2007, ano em que a gestão da água pública e saneamento foram entregues à Aqualia (Aquamayor)pelo Partido Socialista e agora dada continuação pelo PS e independentes. Ainda estava na Assembleia Municipal de Campo Maior João José Pinheiro eleito pela CDU, que esta força política se mostrou contra a entrega deste serviço essencial à empresa em causa! O mesmo aconteceu, acontece e continuará a ser a posição de António João Gonçalves, deputado pela CDU na Assembleia Municipal desde 2009. A K7 volta a ter razão! PG

Anónimo disse...

O que na realidade sobressai, do post e dos comentários, è a insensibilidade social, de quem diz ser defensor acérrimo. A àgua bem como o saneamento básico, são dois dos bens essenciais, que deveriam ser sempre serviço público. È urgente que estes, como os que agora se questionam regressem ao bem comum. Ou estaremos sempre, nas mãos de especuladores, usurários, parasitas,para utilizar terminologia ligeira.

Anónimo disse...

Então em 2007 o Burrica " entregou" a água à Aqualia, e agora o que podem estes fazer? Comprar novamente ?? Cadê o dinheiro ???Todos sabemos que era preferivel , por todos os aspectos, a água ser municipal, outro galo cantaria ....É a água que entregaram à Aqualia, é o Mártir Santo que foi sendo deixado evoluir e agora quem criou o monstro fala como se não tivesse nada a ver com o assunto, é as Piscinas da Fonte Nova inauguradas a correr por causa das eleições, sem financiamento, sem visto do Tribunal de Contas...

Murraça disse...

Façam como eu: tomem banho no ribeirinho e bebam água da fonte nova que, apesar de salobra, bebe-se e é boa para fazer as sopas!