Quem, como eu,
depois da jornada de trabalho, se aproxima De Campo Maior habitua-se a ver a
silhueta do castelo a cortar a cor do céu das diversas estações. A cor do céu do
verão é, neste Julho, de um azul intenso e luminoso.
Aproximo-me do
jardim numa curva lenta e surge-me a avenida, pasmada ao Sol, coração da vila. Há
risos de crianças no parque e conversas vãs nos bancos.
Sento-me numa das
esplanadas onde sou recebido amigavelmente e me trazem uma imperial com sotaque
de leste. Mexericos, enfado e o doce embalo das cadeiras oferecidas pelas
marcas de café e refrigerantes. Vislumbro na outra esplanada uma senhora ruiva
com óculos escuros, nunca sorri, nunca. No quiosque, há fila para os mais
atrasados desafiarem a deusa Fortuna.
Sim, é tempo de
descanso, descanso para vocês de mim e descanso de mim próprio ou se preferirem
descanso deste outro meu “eu”!
1 comentário:
Jack,
De facto o seu blogue tem-se pautado pela qualidade da escrita, bem como pelo rigor das ideias.
Porém, permita-me que destaque este post, na medida em que, através dele, conseguiu superar-se. A forma como descreve um momento do seu quotidiano e nos transporta para o mesmo, é no mínimo cativante.
Fico com pena que vá de férias e que deixe este vazio no universo da blogosfera.
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