sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A Luta de Classes de Karl Marx revisitada!

Quando houve, na semana passada, as negociações da concertação social, com verdadeiros “Hara Kiris” de algumas centrais em nome do acordo da Troika eis que surge um bom exemplo daquela que deveria ser a verdadeira Concertação Social.
Falo da Sicasal, uma empresa sob a qual se abateu uma desgraça, mais especificamente um incêndio na área de abate que reduziu num terço a capacidade de produção da fábrica.
Depois houve uma decisão que ninguém esperava: Álvaro Santos Silva decidiu que não iria despedir nenhum dos trabalhadores. Para compensar o patrão por esta atitude os trabalhadores e moradores de uma pequena aldeia do concelho de Mafra trabalharam noite e dia para limpar os escombros. Houve festa no fim e foi anunciado um investimento para modernizar a área ardida.
São estes exemplos que mostram a verdadeira Concertação Social, a união de esforços
em torno de um objetivo comum. A partilha e cooperação entre patrões e empregados com benefícios e riscos comuns é, e principalmente nos tempos que correm, uma solução para ultrapassar os problemas que surgem diariamente na vida das empresas.
Se estes exemplos fossem generalizados iríamos ter o Karl Marx a revolver-se no túmulo mas também um novo conceito de Luta de Classes!

3 comentários:

Anónimo disse...

Uma andorinha não faz a primavera…

E por ser um caso raro - em Portugal - é que a Sicasal é noticia.

E a pergunta é : como fazer a proliferação deste exemplo ?

É que transpor ideais para o papel, há muita gente a fazê-lo .

Na prática , com o refinamento mesquinho da mentalidade reinante, dos super-patetas alimentados a cascas de bananas , não me parece fácil, senão mesmo impossível.

O paradigma mental terá que ser mudado. E esta tem que ser a grande luta das populações, dos gestores das empresas, e especialmente dos trabalhadores que são os únicos que produzem riqueza.

No momento tudo isto está invertido.
O capital, o conforto, o luxo, o poder, está totalmente encostado a quem nada produz.

No outro lado, os que produzem, estão a ver diariamente os seus legítimos direitos – até na segurança social - espezinhados.

E como tudo isto - há séculos - tem vindo a acontecer como que por decreto, e não há coragem para alterar este estado de coisas nesta economia altamente desvirtuada, o que nos espera, é mais degradação e mais decadência … e num futuro eventualmente breve, um tresloucado qualquer, accionar um qualquer botão vermelho , reduzir esta terra que pisamos numa bola de fogo , e depois nem fiquem ossos para alguns preguiçosos inúteis poderem roer.

Almocemos…

Anónimo disse...

Viva a Liberdade e Viva 0 25 de Abril. Abaixo a ditadura e os ditadotres e viva João Burrica.

Anónimo disse...

Não me parece que João Burrica rime com o 25 de Abril! A ditadura do PS sempre esteve presente em Campo Maior. Com Burrica o poder estava era divido. Agora está tudo debaixo do poder do mesmo!!! Até as comemorações desta data histórica são festejadas alternadamente. Depende da agenda político/económica local

Por um novo 25 de Abril