É a esta a frase que Nuno Crato ameaça tornar divisa do Ministério de Educação para o ano de 2012, dados os cortes no orçamento de tal ministério. Os cortes serão de 600 milhões de euros em todo o setor. Mas haverá alterações também qualitativas, assim haverá 12 anos de escolaridade obrigatória para todos os alunos e os pais poderão escolher a escola dos filhos entre as primárias da rede pública isto é, não estarão limitadas às da área de residência ou trabalho.
Para os professores também haverá bastantes alterações, a maior, sem dúvida, o exame de acesso à carreira. Os professores que ingressarem na carreira para lecionar nos 1º e 2º ciclos têm que fazer uma prova de avaliação de conhecimentos. A prova será estendida nos anos seguintes aos docentes dos outros ciclos de escolaridade. Também está a ser estudada a hipótese de fundir universidades.
Com certeza que os cortes degradarão a qualidade do ensino e ao contrário do que se pensa do “país dos Doutores” Portugal é o país menos qualificado da União Europeia
Por cá, e após calamitosa participação (não houve praticamente eleitores) dos pais na eleição dos novos corpos sociais da Associação de Pais e Encarregados de Educação eis que na segunda-feira haverá nova eleição. O DeCampoMaior apela a todos para que participem nesta eleição mas também apela a que a futura Associação tenha um papel mais informativo junto dos encarregados de educação, é que a fraca participação na eleição, da passada terça-feira, não pode ser apenas atribuída ao futebol.
Para os professores também haverá bastantes alterações, a maior, sem dúvida, o exame de acesso à carreira. Os professores que ingressarem na carreira para lecionar nos 1º e 2º ciclos têm que fazer uma prova de avaliação de conhecimentos. A prova será estendida nos anos seguintes aos docentes dos outros ciclos de escolaridade. Também está a ser estudada a hipótese de fundir universidades.
Com certeza que os cortes degradarão a qualidade do ensino e ao contrário do que se pensa do “país dos Doutores” Portugal é o país menos qualificado da União Europeia
Por cá, e após calamitosa participação (não houve praticamente eleitores) dos pais na eleição dos novos corpos sociais da Associação de Pais e Encarregados de Educação eis que na segunda-feira haverá nova eleição. O DeCampoMaior apela a todos para que participem nesta eleição mas também apela a que a futura Associação tenha um papel mais informativo junto dos encarregados de educação, é que a fraca participação na eleição, da passada terça-feira, não pode ser apenas atribuída ao futebol.
8 comentários:
Tirando a parte da participação dos pais não compreendo o alcance das suas palavras.
O que espera com a livre escolha de escola? Isso só funcionará nas grandes cidades. Imaginamos que alguém vai pôr o seu filho numa escola em Borba sendo de Campo Maior? Tenham dó!
E isso da prova para os professores! Quais? Os que não trabalham e os futuros desempregados? Que grande moralização do ensino deste seu amigo Crato!
Caro Zé Tó,
Dois esclarecimentos
1-A escolha das escolas é aplicável a Campo Maior. Falamos das escolas primárias, ou seja posso optar entre a escola do Bairro Novo e a da Avenida por exemplo.
2- O Crato não é meu amigo, o post não tinha como objetivo concordar com as medidas e nada é dito nesse sentido.
Quanto ao exames concordo plenamente. Para que exames de acesso à carreira se não há lugares? Para desempregados? Por mim os exames eram feitos aos professores já existentes para eliminar os maus do sistema
Jack:
Bom dia, de chuva claro!
Era tão bom que as pessoas quer pais quer professores se preocupassem mais com o trabalho diário, com o cumprimento de horários, para dar o bom exemplo, que mostrassem vontade de dar o litro para que o sucesso de filhos e alunos fosse melhor. Olhar com empenho para realidades de falta de condições locais. Deixem o que se passa lá nas secretárias ministeriais, eles só falam em cortes é certo, mas ninguém repara que eles já existem. A falta de auxiliares nas escolas, o desprezo e o "deixa andar" na educação, no cumprimento de regras, no respeito por professores e auxiliares. Enfim, é triste que haja preocupações que não as locais, e quanto aos pais peço mais empenho na vida escolar dos filhos.
Caro Anónimo,
O DeCampoMaior tem mostrado preocupação com a educação local tal como comprovam alguns posts anteriores que o convido a ler.
Mas sim, as preocupações do DeCampoMaior também são, não só, as locais.
Agradeço o post que amavelmente escreveu aqui e convido-o a voltar noutras ocasiões e noutros temas
Amigo Jack,
Leio atentamente o que diz. Entendo bem que, por vezes, faz-se despercebido!
Primeiro, o exemplo que deu foi propositadamente exagerado mas colou! Para si tudo se resolverá se os pais puserem os seus filhos na Avenida ou no Bairro Novo! Possivelmente a Fonte Nova será uma escola de gueto ou de defesa de minorias! Entendo, serve para uns mas para outros...
Segundo, por informações que tenho, o exame de ingresso já está consagrado na lei, o mal é que a lei não é cumprida!
Terceiro, se conhecesse a ralidade, chegaria à conclusão que tudo isto visa eliminar os contratados e futuros desempregados. Quantos aos novos, esses terão anos de espera até se abrir uma brecha no sistema.
Por último, a sua desculpa é sempre a de eliminar os maus do sistema. Haverá por ai algum caso pessoal que queira partilhar com os seus atentos leitores?
Amigo Zé Tó,
Penso que quem se faz despercebido é o Senhor ou a Senhora.
Em primeiro lugar eu não disse que "tudo se resolverá" apenas transmiti um facto que tinha sido noticiado na imprensa e não emiti juizos de valor.
Os país poderão optar pela escola mas penso que haverá sempre a limitação das vagas. Olhe, dessa forma, e se acha que a escola da Fonte Nova é um gueto (foi você que disse) talvez se distribuam os alunos pelas outras escolas e o gueto desapareça.
Quanto à prova de acesso, sei perfeitamente que já estava prevista pelo anterior governo mas que não foi concretizada na prática.
Quanto aos maus do sistema ser uma questão pessoal, a unica coisa que lhe posso dizer é que não tenho qualquer ligação ao ensino e a minha opinião é baseada no que leio na imprensa, em opiniões de pessoas ligadas ao ensino...e veja só, na opinião dos proprios professores.
Jack:
Desengane-se quem pensa que essa história de escolher a escola é nova e fresquinha. Talvez para as grandes cidades!!! Pensam que é nova, há uns anos que se pratica. Desde que o encarregado de educação justifique a mudança e haja vaga, a criança pode ir para outra escola. Tanta conversa com isso!!
Agora inventar denominações para as escolas, essa é muito má.
Em todas haverá boas e más qualidades. Mesmo sendo uma terra pequena, as realidades escolares e os problemas diários, são diferentes.
Infelizmente se com a crise se esperam grandes apertos, então esperem para ver quando aplicarem a reforma curricular que eles andam a "estudar". É capaz de sobrar para mais do que os pobres contratados.
Espero é que Nuno Crato altere o panorama de exigência e disciplina das escolas portuguesas. Aguardo com bastante expetativa que o novo estatuto dos alunos que será implementado nos Açores chegue rapidamente ao continente. É vital proteger aqueles que querem aprender, e responsabilizar os encarregados de educação daqueles que não são assíduos, pontuais e indisciplinados.
Talvez assim deixem de encarar a escola como um depósito de gente mal educada.
Enviar um comentário