Para além das Rotundas e de outras Obras sorvedoras de dinheiros públicos, um dos sinais mais evidentes de despesismo autárquico são as empresas municipais. Acontece que um estudo recente da Dun & Bradstreet conclui aquilo que toda a gente sabia: uma boa parte das empresas municipais está em falência técnica e outra boa parte tem dificuldades financeiras. Com a Banca a ser a principal credora o conjunto destas empresas deve uns 1403 milhões de Euros. Coisa pouca digo eu!!!
Os politicos criaram as empresas municípais para contornar regras rígidas. A certa altura as regras para criar empresas municipais eram flexíveis e elas acabavam por funcionar como um instrumento onde era possível desviar prejuízos e dívidas. Serviam para desorçamentar custos das autarquias, especialmente os que se pretendia tornar invisíveis. Com a Lei das Finanças Locais de 2007 as câmaras recuaram nesta matéria já que eram obrigadas a consolidar as contas das empresas com os municípios. Mas a minha pergunta, que serve de título para o post, coloca-se neste ponto: então mas os políticos quando criaram estas empresas estavam a decidir racionalmente? Se os pressupostos de ter dimensão suficiente, serviço bem definido e útil e lucro não se verificarem não deveriam ter sido criadas as empresas municipais. Mas o que aconteceu na realidade é que as escolhas foram irracionais, talvez como irracional foi a indignação do nosso Governador Civil ao não querer que se pedisse auxilio a Espanha, mesmo sabendo que a Sanzé ardia e que os nossos bombeiros não estavam preparados! Enfim, políticos!
4 comentários:
Já agora, seria talvez de realçar a atitude do Sr. Presidente da Câmara de Campo Maior, testemunhada por todos os que solidariamente acorreram ao local do incêndio.
Ou seja, de facto nem todos os políticos ao iguais, ... "Non e vero signor Jack?"
Vá lá... reconheça o exagero. Afinal você procura ser um homem justo.
Jack concordo com o post. Você é uma pessoa inteligente por isso afaste-se da politica
Para o João Martins,
Na atitude irracional do Governador Civil está implicita uma atitude racional do nosso Presidente. Não está realçada, é verdade mas não há exagero nisso. Como sabe, o nosso Presidente antes de ser político era engenheiro e eu, ou muito me engano, ou quem chamou por Espanha foi um engenheiro pragmático e não um político racional
Para o anónimo
Obrigado pelo conselho, vou-me manter afastado!
Enviar um comentário