sábado, 12 de dezembro de 2009

Comércio Tradicional - Inovação ...o muerte!!!!

Na imprensa deste fim-de-semana há algumas referências a um assunto que, há já algum tempo, queria abordar aqui no Decampomaior. Por falta de oportunidade não o tinha feito, mas faço-o hoje até porque estamos numa época de grande movimento comercial. O assunto que pretendo abordar é a situação em que se encontra no comércio tradicional, que um pouco por toda a parte passa por uma crise profunda, não pontual, mas que se arrasta há já muitos anos. Leio nestas reportagens que os comerciantes deitam a culpa à grandes superfícies e às lojas dos chineses. E assim, cidades como Lisboa, Porto e Braga vem como os seus centros históricos perdem cada vez mais número de lojas.
Mas também se destaca que há sinais de ténue recuperação fruto da inovação, investimento em novos conceitos de comércio e decoração. Há novas tendencias que reforçam este tipo de comércio, como por exemplo a causa ecológica que previlegia o comércio de proximidade. Seja como seja uma questão parece clara, são os próprios comerciantes que devem dar o primeiro passo no sentido de criar espaços e conteúdos melhores paras os clientes.
Em Campo Maior devemos também seguir estes exemplos, devendo os nossos comerciantes inovarem os seus espaços. Como disse no título, Inovação ...o muerte!!!

3 comentários:

Anónimo disse...

Muito bem. Inovar o comércio local com quem?. Os nossos comerciantes são pessoas idosas e não estão minimamente preparados para alterar os seus habitos de comerciante.
Mas nós em Campo Maior até temos comércio que se foi adaptando às novas exigências comerciais e até temos 3 supermercados já com alguma dimensão.
O que acontece é que os filhos da terra não fazem milagres e então vamos comprar aos hiper a Badajoz, Lidles etc..Muitas das vezes sem que o preço seja compensador.
Assim, a nossa terra não se vai desenvolver comercialmente nem criar riqueza nem postos de trabalho porque o que auferimos em Portugal o vamos gastar em Espanha.
E não é por acaso que tanto se reclama das más condições da estrada do Retiro porque as intenções não são trazer os espanhois a Campo Maior porque eles já vêm fazer chi chi há Barragem é porque queremos melhor condições para nos deslocarmos para Badajoz.
A continuar com esta mentalidade, vamos ver se são os espanhois amanhã que nos vão dar emprego.

freixo disse...

-Sr Ripper,
-Sobre o comércio tradicional da nossa terra, não é fácil dar-lhe a volta, pelos motivos que indico:

1.Por Campo Maior não se passa, a não ser de meios mecanizados, pelas estradas de Degolados-Campo Maior-Elvas e isto porque há viaduto em Santa Eulália que não permite que por lá passem viaturas de determinada altura.

2.A Campo Maior,as pessoas vêm, em prncípio, para verem algo ou apreciarem a nossa gastronomia ou, então,para irem fazer compras ao estrangeiro!

3.Como os poucos locais a visitar se encontram, em grande parte, abandonado-refiro-me ao Castelo e arredores, parte velha da Vila e também esse potêncial que poderia ser Ouguela e Enxara, pouco temos para oferecer a quem, eventualmente, nos desejasse visitar.Daí, o nosso comércio ser o que é.

4.Como consta no 1º comentário, o nosso comércio está entregue a pessos idosas e não sabem, nem querem inovar.

5.Há, no entanto, um palavrão que poderia mudar muita coisa em Campo Maior, assim os mais novos desejassem enveredar por ele.

6.O emprendedorismo, tem criado, em vários sítios, muitas formas de vida e gerados muitos postos de trabalho.

7.O IAPMEI, financia projectos de várias dimensões, desde que bem fundamentados e agilizados para serem rentáveis.

8.Claro que para isto poder acontecer tem de existir gente disposta a correr riscos e a trabalhar.

9.À Câmara compete ajudar mudando, para melhor, o que de bom temos e podemos oferecer.

10.Permita-me, que imagine um roteiro, com tasquinhas, nas antigas canhoeiras, naquela via dos arcos, com uma missa na Igreja do Mártir Santo e uma sessão de fados no Castelo, aos fins de semana... Os Espanhóis não nos largavam...

Cumps

Polvarinho disse...

O comércio tradicional não pode nem deve competir com as grandes superfícies. Também não deve passar o tempo a queixar-se porque-elas existem e não há volta a dar a essa inegável realidade.
A solução está em encontrar a sua forma específica de ser e de sobreviver. Na proximidade geográfica e afectiva em relação aos seus clientes estará a sua garantia. É na personalização dos serviços prestados que deverão definir o seu espaço. O tempo do oportunismo ganancioso passou. O amadorismo tem os seus dias contados.
Porque razão deveremos estar a defender gente que abre "lojecas" sem ter qualquer noção do que seja ser comerciante? Infelizmente é isso que acontece com frequência nos meios mais pequenos.
Acho bem que não haja espaço para tais improvisações que são indesejáveis e que, na maioria dos casos actuam de forma lastimável.