Deste tempo de viragem

Estamos numa encruzilhada entre o desenvolvimento e a estagnação, entre a mudança para a qualidade e o retrocesso, entre a afirmação de uma modernidade baseada em princípios e valores e a afirmação de uma modernidade baseada na ausência de valores e, sobretudo, baseada num relativismo completamente medíocre, em que nada tem sentido, a não ser o imediatismo, a improvisação e a pressa.
(Hélder Pacheco, in Notícias Magazine de 16 de Agosto de 2009, página 22)

É preciso que nós, os que temos a capacidade de entender, entendamos. Sábias são estas palavras que nos conduzem até ao âmago das nossas preocupações. Também a encruzilhada em que agora nos sentimos exige de nós que tomemos dela consciência e assumamos a responsabilidade que nos cabe na definição do rumo que devemos seguir.
Se nós com a capacidade da nossa juventude, com a competência de que estamos dotados, nada fizermos e ficarmos quietos sem nada decidirmos, estamos a deixar caminho para que se instale esta mediocridade que nos está a matar a esperança e nos faz mergulhar numa asfixiante desilusão.
Entretanto os vampiros rejubilam. Tomam conta de tudo. Constituem-se em senhores de todas as coisas, sobretudo das consciências que mudam e manipulam em proveito dos seus sórdidos interesses.