quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Das expectativas de mudança

Alguns indícios apontam para que, tanto ao nível nacional como ao nível local, se está a verificar uma "rendição da guarda" no que respeita aos cargos políticos.
A velha geração que se instalou em posições importantes, no que respeita à detenção do poder, começa a dar lugar a uma geração de gente mais jovem. Esta mudança pode vir a significar uma alteração importante no que respeita ao modo de conceber e executar a actividade política.
Alguns dos mais velhos chegaram ao poder sem grande preparação, quer no que respeita especificamente à concepção do que deve ser uma verdadeira actividade política, quer por não estarem dotados de grandes competências e não terem grande preparação académica. Mais dotados de manhas e artimanhas, mais habituados a usar de truques e habilidades para atingirem os seus objectivos pessoais, são totalmente despreocupados em traçarem e prosseguirem objectivos ligados à vida das comunidades que deviam gerir. Habituados a recorrer à facilidade que têm para convencer, agradar e manipular, usam e abusam do poder que lhes é conferido para se servirem, ignorando completamente o compromisso que assumiram de servir as populações. Inseguros quanto à suas competências, dotados de fracos conhecimentos, desconfiam de todos os que, sendo mais dotados, possam pôr em perigo a sua ascensão. Por isso, tendem a rodear-se dos mais medíocres e mostram pouco apreço pela constituição de equipas capazes de desenvolver um trabalho consistente. Pela mesma razão, preparam a sua sucessão, recorrendo, em certos casos, a colocar nos cargos pessoas da sua inteira confiança, sendo, muitas vezes, familiares de ligação muito próxima.
A nova geração emerge com uma preparação de base muito diferente. Muitos deles não fizeram o trajecto habitual de irem subindo dentro das estruturas partidárias. Exercem as suas profissões desde muito cedo, não vêm movidos pela ambição de se servirem mas pela vontade de prestarem serviço. Não precisam da política para ascender. Têm sempre como alternativa o regresso às suas carreiras profissionais. Trazem uma certa abertura de espírito para ouvir e compreender os anseios das populações. A sua preparação de base, seja ela de carácter mais técnico ou mais humanista, dota-os de competências bastante elevadas. A sua juventude deixa-os mais disponíveis para tentarem a mudança e a inovação, do que para se conformarem e acomodarem a situações de estagnação. Capazes de conceberem e executar projectos, construídos a partir de análise dos problemas e necessidades reais, estão obviamente mais dispostos e mais preparados para assumirem uma verdadeira gestão política das situações.
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Uma chamada de atenção: certas criaturas, a coberto do anonimato, têm insistentemente feito comentários em que tentam desvendar o anonimato dos autores deste blog. Consideramos que a finalidade dalguns deles será a de atingirem politicamentee outras pessoas que nada têm a ver com esta questão. Por outro lado, estamos perfeitamente conscientes de que, se publicássemos esses comentários, poderíamos ser judicialmente accionados por calúnia e difamação, pois todos têm direito à defesa do seu nome e reputação. Não nos podemos esquecer de que tudo o que se publica, incluindo os comentários, é da inteira responsabilidade dos autores dos blogues.
Não será desta forma que conseguirão atingir-nos e prejudicar-nos pois que, provavelmente, será esse o objectivo daqueles que assim procedem.

1 comentário:

siripipi alentejano disse...

A Política quando exercida democraticamente, respeitando a liberdade de cada um, é uma actividade nobre. Infelizmente nem todos cumprem estas normas. Comungo totalmente com o seus post, espero que sirva de lição para os novos Candidatos a uma cadeira do Poder.
Bem Haja pelo seu trabalho.
siripipi-alentejano