quinta-feira, 11 de junho de 2009

Das contradições...

"LOJA DO CIDADÃO DE BORBA JÁ ABRIU AO PÚBLICO

Com uma área de 400 m2, num investimento de cerca de 250 mil euros, a Loja vai disponibilizar num Balcão Multiserviços a prestação de serviços de vários organismos, que anteriormente apenas estavam disponíveis em Évora. O Presidente da Câmara Municipal de Borba, Ângelo de Sá, salientou a importância do novo equipamento na “resolução de problemas em que havia alguma dificuldade em resolver, obrigando a deslocação à capital de distrito”, considerando-a “uma mais valia que não existia na região”, proporcionando à população de Borba e da região a melhoria dos serviços públicos. Para a concretização deste projecto muito contribuiu o “grande esforço e articulação entre o Governo e a Câmara Municipal de Borba”.

Pedro Silva Pereira, Ministro da Presidência, salientou que a abertura da Loja do Cidadão em Borba só foi “possível porque se congregaram vontades”, tratando-se da “primeira Loja do Cidadão de 2ª Geração no Alentejo e a segunda em todo o país”. Odivelas foi a primeira cidade a receber a segunda geração das Lojas do Cidadão, e já estão contratualizadas mais de 30 lojas em todo o país."


Portal da Câmara Municipal de Borba 25 de Fevereiro de 2009


Campo Maior - ASSINATURA DO PROTOCOLO DE CRIAÇÃO DA LOJA CIDADÃO DE 2ª GERAÇÃO

"O presidente João Burrica destacou a futura do Loja do Cidadão de Campo Maior como uma mais valia para todos, por se tratar de "um espaço único em que o munícipe pode, com maior facilidade e mobilidade, aceder e executar os seus serviços, quer públicos, quer privados".

A Secretária de Estado, Maria Marques, apontou a loja do cidadão como uma "marca de sucesso"(...) "elimina-se burocracia desnecesária, procedimentos redundantes, integrando os serviços de acordo com aquilo que são os nossos eventos de vida" (...)

Também Eduardo Cabrita apontou que este processo "é prova de quanto o Governo dá cumprimento aquilo que são as preocupações do senhor Presidente da Câmara Municipal de Campo Maior (...)

Ainda hoje não existe nenhuma loja do cidadão em funcionamento em todo o Alentejo e é esta a realidade que se pretende alterar".


Boletim Informativo da Câmara Municipal de Campo Maior, nº 21, Maio de 2009.

4 comentários:

Manuel Lopes Sardinha disse...

Não haja dúvida: para certas pessoas vale tudo, mas mesmo tudo, quando se trata de propaganda. Mas, o que mais custa a crer é como as pessoas estão dispostas para acreditar no dizem os que mais não fizeram ao longo da sua vida do que mentir.
Experimentem perguntar àqueles que passam a vida a caluniar pessoas que, em todos os aspectos, têm amais valor e mais obra feita do que eles, porque é que os caluniam e verão que eles não são capazes de apontar nada de importante para atacarem essas pessoas. Bem dizia auele monstro que era ministro da propaganda do Hitler: uma mentira muitas vezes repetida passa a funcionar como se fosse uma grande verdade.
Há mais nazis do que imagina. Só que os nazis de hoje têm o cuidado de se disfarçarem de democratas.
Todos os que que intencionalmente mente ao povo para melhor manipularem o povo, são na verdade inimigos declarados da democracia.

Anónimo disse...

Campo Maior, anos 80.
Todos éramos felizes, dentro da nossa pequenez, respeitávamo-nos uns aos outros, era o início de uma nova era.
Alguns jovens da vila começaram a estudar em Lisboa, os primeiros doutores…
A vida era bela e descontraída, tudo soava a novo e a descoberta.
As discotecas eram “boites” e a casa do “picom” animava as matinés de Domingo.
Elvas era uma localidade algo distante onde só alguns, os que tinham carro, se aventuravam.
Badajoz tinha hora para se sair, caso contrário, ficava-se uma noite inteira à espera que a fronteira reabrisse.
Chegaram então os anos 90. As novidades eram outras e os progenitores que dantes abominavam as “boites” tornam-se também eles, frequentadores.
Quem não se lembra do “Estúdio Delta” e do “Tutti-Frutti” original, com os seus desfiles de moda as festas de Carnaval e de Fim-de-Ano?
Durante estas duas décadas o povo manteve a sua união, fez Festas, acompanhou o seu Clube, cresceu e madurou.
É pena a história não terminar aqui.
Foi também durante este período que o nível de vida aumentou, embriagados pelo dinheiro que jorrou dos bancos os homens, mulheres e jovens de Campo Maior, tornaram-se mesquinhos, cínicos, invejosos, desconfiados e traiçoeiros. Aquilo que parecia ser um paraíso, transformou-se num inferno…
Jovens da terra a derreterem-se com sotaque de Lisboa para tentar igualar aos que entretanto vieram de fora para trabalhar na vila. Tudo perdeu as características originais, deixou de ser Campo Maior, passou a ser a vila onde se vive da aparência e da ilusão o espírito dos nossos pais e avós morreu!
Para acompanhar todo este processo nada melhor do que um presidente de câmara medíocre, sem visão e para cúmulo, acompanhado do que de piorzinho pode haver por estas paragens.
Neste ponto convém dizer que me estou borrifando para políticas e muito mais apresentando elas esta “qualidade”.
O certo é que, se por um lado a sociedade perdeu o norte com o consumo e a inveja, por outro, a autarquia foi fazendo uma gestão de 3º mundo, pequena, à medida das necessidades… sem grande esforço e antiquada.

Anónimo disse...

(II parte)

Hoje, há Freguesias no Alentejo mais evoluídas, mais bem geridas e com “melhor saúde” do que a nossa vila.
A grande pena que sofro é ver como o povo num acto de rebeldia cobarde, cospe no prato onde come, votam nos medíocres para de alguma forma atingir aqueles que todos os meses lhe asseguram os níveis de consumo, sem perceberem que desta forma, morrem duas vezes…
O futuro não é animador, é sabido que os herdeiros do Comendador, consideram a nossa vila, mais como uma fonte de problemas cheia de ignorantes sem formação do que “a sua terra”, a médio prazo a classe média-alta instalada, vai começar a sofrer na pele os efeitos desta visão.
Caberia à “geração intermédia” fazer algo pela vila, mostrar que afinal não são tão loucos como querem aparentar, ensinar humildade com o exemplo, tal como fez o Homem durante toda uma vida… Não há mal em seguir os bons exemplos.
Para terminar, dizer “aos malteses de fora”, que Campo Maior é mais do que uma terreola onde se vem ganhar bons ordenados e passear toda a arrogância pelas nossas ruas e avenidas.
Lá nos arrebaldes das grandes cidades, onde foram criados, ninguém os conhece, são mais uma pedrinha na calçada e aqui “armam-se” em evoluídos, cultos e superiores… Umas “galiqueras “, que ao primeiro espirro do dono, se sujam pernas abaixo.
Fazem-me lembrar o velho provérbio: “Se queres ver um pobre orgulhoso, dá-lhe a chave de um palheiro”.
Campo Maior é terra de gente trabalhadora, tão trabalhadora que até consegue dar emprego a muitos que de outra forma iriam engrossar as filas de entrega de candidaturas nos supermercados.
Temos história, sabemos de onde vimos e para onde vamos, os nossos espíritos são como as paredes das nossas casas, puros de branco e não negros de escape como os vossos…
Apetecia-me entrar na máquina do tempo, ir ao 8-1 beber um copo e dar um pé de dança e já agora dizer aos que por lá estivessem que no futuro, Campo Maior iria ser palco de todas estas “demências”… Ia ser um “fartote”.
Já agora... Loja do Cidadão sim, mas só se for com garagem e piscina incluida, que cá na terra, somos muito finos...

jmar disse...

Este ultimo(dois) comentário merecia a consideração da direcção deste blogue e desenvolver mais um pouco o que foi dito, acho que aqui tinha material para poder postar mais uma semana e assim poder ouvir o que os leitores poderiam acrescentar.
Este blogue está a ir na direcção certa para desenvolver um dialogo entre a população que o lê e aqueles que num futuro o poderão vir a ler.
Não deixem "achicalhar" este blogue que pode vir a fazer a diferença.