quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Do dia de Stª Águeda ou Ágata

Era originária dessa terra de tanto martírio humano que é a Sicília, esta virgem e santa, que viveu por meados do século III, sendo de família nobre e abastada.
Entregue aos cuidados de uma velha muito perversa, sofreu da parte desta um forte assédio moral, procurando arrastá-la para a prostituição, a fim de explorar a sua grande beleza. Foi esta a primeira tentação a pôr à prova a sua fé em Cristo. Tornou-se grande pregadora, conseguindo muitas conversões. Por isso, por ordem de Quinciano, foi intimada a abjurar da sua fé. Tendo recusado, foi presa e torturada, chegando ao ponto de lhe deceparem os seios. Um forte tremor de terra assustou os habitantes da cidade que o atribuíram ao suplício infligido à virtuosa supliciada. Foi condenada a prisão perpétua para que não pudesse continuar a sua pregação. Miraculosamente, as feridas sararam e a santa morreu entregue fervorosamente às suas orações.
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Pensamento do dia:
"É pior cometer uma injustiça do que sofrê-la, porque quem a comete transforma-se num injusto e quem a sofre, não".
(Sócrates)
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Comentário:
A propósito do assédio sexual que os prepotentes realizam sobre os que se encontram na sua dependência, foram criadas leis específicas e castigos severos par os que intentem obter libidinosos favores das suas vítimas, tantas vezes condenadas ao silêncio, imposto pela extrema necessidade ou pela vergonha de denunciarem os actos humilhantes a que foram compelidos.
Mas fala-se muito pouco do assédio moral perpretado sobre os que, sendo dependentes, não se curvam à vontade dos seus carrascos, nem se humilham a ceder passivamente à sua vontade prepotente. Então, são "emprateleirados", humilhados, chantageados, boicotados no exercício dos seus deveres profissionais e, tantas vezes agredidos psicologicamente, que chegam à alienação.
Quando despertará a sociedade para estes crimes tão hediondos, quanto danosos, para os que são por eles vitimizados?
Quando acabará a complacência perante estes atentados morais?
Para quando leis específicas que imponham adequado castigo para estas violências?

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