quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Do dia de S. João de Brito

Filho de Salvador de Brito, de Vila Viçosa, e de D. Brites de Portalegre, este santo de raízes alentejanas, nasceu em Lisboa a 1 de Março de 1647. Seu pai foi mandado por D. João IV, logo após a Restauração, governar o Brasil, terra onde morreu.
O órfão João, foi educado na corte, sendo companheiro habitual do Infante D. Pedro, futuro D. Pedro II. Devido a doença muito grave, sua mãe fez a promessa de que se vestiria com a batina da Companhia de Jesus, se fosse salvo. Desde cedo, o jovem mostrou inclinação para as coisas da fé. Aos 14 anos professou como noviço na Companhia, corria o ano de 1662. Fez estudos, foi ordenado sacerdote e enviado em missionação para a Índia em 1673. Em 1688, voltou a Lisboa, mas recusou os cargos importantes que lhe eram oferecidos e preferiu regressar ao seu lugar de missionário. No ano de 1693 foi flagelado e decapitado por ordem de um principe local que o acusava de aliciar para a fé cristã os jovens da sua corte. Foi canonizado por Pio XII em 22 de Junho de 1947.
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Pensamento do dia:
"Há homens que estão sempre dispostos a coscuvilhar e a investigar sobre as vidas alheias. Mas têm preguiça de se conhecerem a si mesmos e de corrigirem as suas próprias vidas".
(Santo Agostinho)
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Comentário:
O Santo Doutor da Igreja, na sua caridade cristã, diz de modo muito complacente e com intenção redentora, aquilo que pensamos dos seres medíocres que abundam por aí. Os que têm os seus sicários, sempre de olhos e ouvidos atentos para lhes virem contar o que, por vezes, vêem e escutam e que, outras vezes, inventam para agradarem e receberem a paga da sua infame prestação de serviços.
Pouco importa quem mandas vigiar. Repara que isso não afecta a integridade moral nem mancha a honra dos que persegues. Mas afecta a tua. Se pudesses, de facto, conhecer-te, terias consciência do monstro em que te tornaste: calunias, persegues, mandas espiar, tentas prejudicar deliberadamente os que não se submetem aos caprichos da tua vontade e à ignomínia dos teus interesses.
Se te olhasses atentamente no espelho, com olhos dispostos a perceber o que te vai na alma, verias o horror, o ódio, a miséria moral, pois esse é o real retrato daquilo que és de facto.

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