Do dia da Beata Cristina de Espoleta

O santoral dedica este dia à Beata Cristina, natural de Espoleto, Itália, que mostrou desde a infância empenho ardente de imitar os santos na vida penitente. Dela não possuímos qualquer imagem. Da sua vida sabemos que, aos dez anos, quando o pai lhe anunciou que se propunha levá-la ao casamento, ela saiu da casa paterna e, em companhia duma menina que partilhava das suas disposições, viveu algum tempo num deserto. Ambas, tendo vestido o hábito dos eremitas de Santo Agostinho, viveram de raízes e ervas no meio dos bosques. Aos vinte anos, Cristina teve a inspiração de visitar Roma e depois Assis. Em seguida veio fixar-se, como agostinha secular, no hospital de Espoleto, para servir os doentes e os pobres; viveu na maior austeridade e na contemplação dos mistérios da paixão do Senhor.
Para imitar, de maneira mais real e sensível, os sofrimentos do divino Mestre, chegou um dia a espetar num pé um cravo. Dispunha-se a sair de Espoleto e voltar a Roma, para as cerimónias da Semana Santa, quando o céu a avisou do seu fim próximo. Atacada pela febre, recebeu os últimos sacramentos com piedade seráfica e adormeceu serenamente na paz do Senhor a 14 de Fevereiro de 1458. No seu túmulo, na igreja dos agostinianos de Espoleto, realizaram-se milagres em grande número.
Em 1834, Gregório XVI aprovou o seu culto.

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Pensamento do dia:
"Apesar de raramente termos consciência disso, não há dúvida de que a necessidade mais profunda do ser humano é dar-se."
(Jacques Philippe)

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Comentário:
Em véspera de S. Valentim, coloca-te perante a tua consciência e põe-te a ti mesmo esta pergunta: Tenho eu a noção exacta do que significa esta frase?
A resposta que a ti próprio te deres, medirá o verdadeiro grau da tua humanidade.