quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Do dia de S. Tomás de Aquino



Teólogo, filósofo, doutor da Igreja.
Nasceu em Aquino e viveu entre 1224 e 1274. Oriundo de nobre família, último de doze irmãos, este gigante na envergadura física e na capacidade do seu pensamento, ingressou em 1234 na Ordem Dominicana. Fez estudos na Universidade de Paris, onde obteve doutoramento em Teologia e onde viria depois a leccionar. Consultor do Papa, o "Doctor Angelicus" empenhou-se na clarificação da fé pela via da razão. Tomando como base a filosofia aristotélica, criou uma escola de pensamento cristão que persiste até aos nossos dias sob a designação de Tomismo.
Recomendava aos seus discípulos, como base de todo o sólido conhecimento: pureza de consciência, aplicação incansável ao estudo, esforço para compreender tudo com profundidade, trabalho para vencer a dúvida e alcançar a certeza, refugiar-se no reduto fortificado da sua razão para alcançar o conhecimento profundo.
Se outros procuraram a santidade pelo sacrifício e pelo martírio, S. Tomás alcançou-a pela sabedoria, pela caridade e pela paz de uma vida inteira dedicada ao estudo.
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Pensamento do dia:
"O verdadeiro mérito é como os rios: quanto mais profundos menos ruído fazem".
(Halifax)
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Comentário:
No dia do santo que dedicou toda a sua vida ao rigor do pensamento, da palavra e da acção, este pensamento leva-nos a tentar extrair dele toda a verdade que encerra.
Veja-se o caso dos que ocupam cargos que implicam o exercício do poder: quanto mais proclamam o mérito das suas obras, mais constatamos o pouco mérito que, de facto, têm as suas acções.
Os que agem demagogicamente tomam as suas decisões, não quando são mais necessárias para as populações que por elas deviam ser servidas. Mas, resolvem sempre executá-las quando mais convém a eles próprios para que, falando delas com grande alarido, poderem daí tirar proveito próprio no momento que mais lhes convém.
Vejam o caso dos políticos que adiam o melhoramento das estradas e caminhos, causando com isso inúmeros prejuízos e incómodos à população. Iniciam-nas no momento que mais convém à sua propaganda. Fazem então as obras para proclamarem aos quatro ventos a excelência da sua administração.
Oh! Cândido Povo! Acorda! Torna-te atento!
Os homens honestos não fazem o que mais lhes convém. Fazem quando é preciso sem proclamarem a bondade daquilo que fazem, porque entendem que isso é o seu dever, a sua obrigação.

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