O poder, tantas vezes vetado às
mulheres, acabou, mesmo assim, por lhes ser entregue em alguns locais e momentos
históricos. Um desses locais foi a Rússia dos czares, onde em 1762 foi coroada
Catarina, a Grande. Apesar de mulher foi déspota como muitos homens antes e
depois dela. Aumentou os privilégios da nobreza russa e não via grande vantagem
em melhorar as condições de vida do povo, isto apesar de ser amiga de grandes
personalidades do Iluminismo como Diderot, Montesquieu e Voltaire.
Por cá, outra Catarina emerge
como a grande vencedora das eleições de 4 de Outubro. É ela que manda, é ela
que tem a chave e já bateu com a mão na mesa, dizendo que ninguém fala pelo
partido a não ser ela própria, Catarina Martins. A líder do Bloco foi audaz,
deixou cair a saída do Euro e a permanência na NATO, com isto arrastando o PCP que
também não quis ficar de fora. Será isto possível?
Não encontrei nenhuma rainha
Mariana digna de uma comparação histórica. A única Mariana que me ocorre é a
lady Marian do Robin Wood e essa, não é, decerto, comparação para Mariana Mortágua,
a muleta inteligente de Catarina Martins. Esta segunda emerge a golpe de massa
cinzenta e acutilância.
Podemos não partilhar as suas
ideias e políticas, mas mesmo assim devemos reconhecer as suas qualidades. O
pedido para Mariana sair na Playboy é redutor e de péssimo mau gosto.
Governasse Catarina, a Grande e, decerto, rolariam cabeças.
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