Álvaro de Campos, heterónimo de
Fernando Pessoa, escreveu que “o Binómio de Newton é tão belo como a Vénus de
Milo / O que há é pouca gente para dar por isso”.
Todos os anos, quando recomeça o
ano letivo, aquilo de que mais se fala, pelo menos em Portugal, é se as escolas
estão em condições de abrir e se todos os professores estão colocados. Por cá,
este arranque letivo trouxe o aliciante da abertura de uma nova escola, e nos
primeiros dias houve questões por resolver, o que trouxe o descontentamento de muita
gente. Falo dessa abertura neste post, que será, provavelmente, o último post
do DeCampoMaior sobre educação.
Abrir uma escola nova é uma
tarefa difícil, tanto pela quantidade de trabalho, seja pela qualidade exigida.
A tarefa é difícil e há pouca gente a dar por isso. Houve falhas. Não há refeitório
e nas saídas houve congestionamentos. E mesmo que o diretor do agrupamento
passe uma noite em claro a fazer os horários, esta ação quixotesca, apenas
mostra que, ou não faz equipa, ou fazendo, ele está sozinho no cumprimento das
tarefas. Parece que, mais uma vez, há pouca gente a dar por isso.
É preciso que as instituições funcionem,
que a Associação de Pais mostre sinais de vida e que o Conselho Municipal de
Educação mostre para que serve. A responsabilidade da educação do concelho não
pode ser de uma pessoa só. Mas, parece-me que há pouca gente para dar por isso.
Os bons resultados nascerão deste equilíbrio entre o “Binómio de Newton” e da “Vénus
de Milo”, que é como quem diz, entre escola e comunidade,...toda a comunidade!.
Agora, só me resta apelar ao
trabalho de todos, à tranquilidade e à paciência, para limar as arestas iniciais. Só dessa forma o centro escolar
será um sucesso.
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