Nestes dias que antecedem as
Festas, em que cresce, a todo o momento, o entusiasmo e uma certa ansiedade,
tenho procurado centrar-me em escrever sobre Campo Maior apenas. Hoje já soaram
as primeiras músicas pelo sistema de som, que vai ecoar por toda a vila durante
o evento. Exalta-se a Campomaioralidade e, até alguém me falava, hoje, das expressões
da nossa terra. De entre estas sempre gostei da “Emprenhar pelos ouvidos”.
Pus-me à procura da origem da expressão, e parece que não é muito nossa, apesar
de ter encontrado, entre nós, muito quem a use. A origem é evangélica, é
referido no Evangelho apócrifo de Mateus que a Virgem, quando escutava a
Anunciação, o verbo divino, terá penetrado pelo ouvido. Aqui fica a origem mais
provável, agora que cada um a utilize da forma mais evangélica que conseguir.
E para fechar, diziam-me hoje
também, que depois das festas estávamos a meio do mandato camarário. Por
coincidência, ou talvez não, surgiu, nas redes sociais, uma bela troca de
piropos, entre o antigo presidente da junta de Degolados e o atual. Dois textos
densos, pesados, acusatórios, onde nem sempre o verbo foi bem tratado e a
palavra surgiu mais em força do que em jeito. Parece que a segunda metade do mandato será
mais emocionante para comentar, pena o DeCampoMaior terminar antes. Mas até lá,
desfrutem do ambiente das Festas e não emprenhem pelos ouvidos.
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