sexta-feira, 31 de julho de 2015

É melhor regressar?

E eis que regresso! Quando fiz as malas, com o firme propósito de me afastar dos temas mais complexos e da realidade local, estava a Grécia a meio caminho de um referendo. Tentei dar atenção a outros temas, mas colocando o olho de soslaio, não fosse a Grécia sair do Euro e tivesse que correr para o banco para acudir aos Euros que voariam. Alguns comentários mais ingénuos regozijaram com a vitória do Não. Pouco tempo depois o mesmo governo assina um acordo mais pesado que o inicial referendado. Mesmo assim, teimo em não dar muita atenção, e detenho-me para ler que vai sair a público um documentário sobre a vida de Amy Winehouse. Ironicamente, Grécia e Amy, duas realidades parecidas: uma caiu num abismo, irá salvar-se a outra?
Num supermercado do Algarve, com sons ingleses entre palavras portuguesas, detenho-me, e com surpresa vejo que os Livros da Anita deixaram de se chamar assim para se chamarem os Livros da Martine. Achei péssima a troca, mas mesmo ali, vejo, num jornal, notícias de trocas de tiros num supermercado em Campo Maior. Ajuste de contas, lê-se em letras garrafais. Será que alguém quis ajustar contas, também, com a pobre da Anita?
As surpresas não pararam, e, mesmo eu querendo afastar-me, recebo mais esta notícia: Campo Maior vai ter candidato a deputado da República. O GPS do carro dá-me informação que estou em estrada não cartografada. É melhor regressar?

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