No passado domingo, para alegria de uns e tristeza de outros, terminou a
temporada futebolística nacional. O jogo, tal como a vida é feito de decisões,
de equilíbrios e desequilíbrios. No caso do jogo de domingo, o treinador de uma
equipa em desequilíbrio teve que decidir em que momento colocava o segundo
avançado para tentar equilibrar a partida. Se fosse antes poderia ter sofrido
mais algum golo, se fosse depois poderia não ter tempo para mais. Decidiu no
momento certo, tomou a melhor decisão e foi compensado.
Recentemente também desapareceu alguém que se dedicou a isto dos equilíbrios,
mas noutro campo. Para a maior parte das pessoas John Nash nasceu em 2001 com o
filme “Uma mente brilhante”. Mas Nash, já em 1994, tinha recebido o prémio
Nobel da Economia pelo chamado equilíbrio de Nash. Em que consiste? Dá-se o
exemplo clássico do Dilema dos Prisioneiros: dois assaltantes são apanhados
pela polícia e interrogados separadamente. Cada um pode confessar ou não dizer
nada. Se ambos falarem a pena é de 5 anos de prisão, se ficarem calados é
apenas 2, e se um falar e o outro não, o que falar sai em liberdade e o outro
apanha 10 anos. Ambos estão incentivados a não falar, mas não sabendo o que o
outro fará, podem ambos saírem-se pior se falarem. A isto chama-se o equilíbrio
de Nash e tem aplicação na Economia nos modelos de duopólio e no estudo da
cooperação entre os agentes. John Nash faleceu recentemente em New York , mas o seu
contributo para a Matemática e Economia encontra-se no nosso quotidiano entre decisões,
equilíbrios e desequilíbrios.
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