Muitas vezes, as conversas e tertúlias sobre este tempo e às suas
maravilhas tecnológicas levam-nos a pensar que tudo está inventado, que o que há
de novo são apenas melhorias de conceitos já conhecidos. O exemplo que me
lembro melhor é o Walkman. Hoje é vulgar ouvir música em movimento seja com
Ipod ou com o telemóvel, mas quando a Sony inventou a possibilidade de ouvir
musica introduzindo uma cassete numa caixa ligada pelos phones o conceito era
mesmo novidade.
O que é certo é que muita coisa pode ser inventada ou descoberta. Veja-se a
cura de doenças com mortalidade elevada ou outras doenças crónicas, mas com
tanta tecnologia, parece mentira, que haja males que ainda prevaleçam.
Um destes males, e para minha surpresa, vem me informado por uma reportagem
que li este fim de semana. Anualmente deitam-se fora 1,3 mil milhões de
toneladas de comida. E só o que a União Europeia descarta daria para alimentar
200 milhões de pessoas. A culpa é do mundo desenvolvido que trata como lixo
algo que falta noutros pontos do planeta. A somar a isto deve ser tomado em
consideração o que se desperdiça na cadeia de distribuição desde transportes até
à própria transformação.
Contra um conceito tão antigo como a Fome não há solução ou é preciso
alguma grande invenção para a mitigar?
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