sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

O Processo

Um dos livros mais inquietantes que li até hoje foi “O Processo” de Kafka. Nele encontramos uma pessoa acusada de um crime do qual nada sabe, nem qual a lei superior que o acusa. A personagem, Josef K, apresenta-se num ambiente desorientado, enfrentando situações surreais. Na parte final do livro, quando declara a sua inocência, é questionado: É inocente de que? A história de Josef K é a de um homem comum incapaz de confessar a sua culpa sobre nada. Será essa lei superior as crenças e costumes do nosso quotidiano, da qual Josef K, tal como qualquer pessoa, não é capaz de se libertar, mesmo não sendo culpado de coisa nenhuma? É algo Kafkiano

Já arrancou outro Processo e este tem continuidade neste sábado pelas ruas De Campo Maior. O processo de que vos falo não é mais do que o do incentivo para que as Festas de Campo Maior se realizem em 2015. O processo é complexo e simples no mesmo momento. Há que apelar ao coração e à razão, sendo também ele, e ao nosso modo, um Processo Kafkiano. Há eventos para as massas como as arruadas mas há as conversas mais direcionadas para os líderes de opinião de cada rua. Depois é esperar, que o Processo avance, que se fale, que se esqueça o trabalho que houve nas Festas anteriores ou a briga “de mão na anca” com a vizinha na rua, continuada depois, em casa, com mais duas publicações no Facebook. E haver Festas ajudava a outro Processo – o do reconhecimento das Festas como Património da Imaterial da Humanidade. Este sábado continua o nosso Processo…surreal à moda de Kafka…simples como umas saias à moda De Campo Maior…

3 comentários:

Jack The Ripper disse...



Não venha ler se não gosta!

Anónimo disse...

Quando se tem um blog temos que aceitar todo tipo de criticas, não só as positivas!

Jack The Ripper disse...



Claro que sim. Mas acha que a sua frase foi alguma crítica? Se não concorda opine e explique o seu ponto de vista. Agora não ponha uma frase fechada e sem continuidade.