Um dos livros mais inquietantes que li até hoje foi “O Processo” de Kafka. Nele
encontramos uma pessoa acusada de um crime do qual nada sabe, nem qual a lei
superior que o acusa. A personagem, Josef K, apresenta-se num ambiente
desorientado, enfrentando situações surreais. Na parte final do livro, quando
declara a sua inocência, é questionado: É inocente de que? A história de Josef
K é a de um homem comum incapaz de confessar a sua culpa sobre nada. Será essa
lei superior as crenças e costumes do nosso quotidiano, da qual Josef K, tal
como qualquer pessoa, não é capaz de se libertar, mesmo não sendo culpado de
coisa nenhuma? É algo Kafkiano
Já arrancou outro Processo e este tem continuidade
neste sábado pelas ruas De Campo Maior. O processo de que vos falo não é mais
do que o do incentivo para que as Festas de Campo Maior se realizem em 2015. O
processo é complexo e simples no mesmo momento. Há que apelar ao coração e à
razão, sendo também ele, e ao nosso modo, um Processo Kafkiano. Há eventos para
as massas como as arruadas mas há as conversas mais direcionadas para os
líderes de opinião de cada rua. Depois é esperar, que o Processo avance, que se
fale, que se esqueça o trabalho que houve nas Festas anteriores ou a briga “de
mão na anca” com a vizinha na rua, continuada depois, em casa, com mais duas
publicações no Facebook. E haver Festas ajudava a outro Processo – o do
reconhecimento das Festas como Património da Imaterial da Humanidade. Este
sábado continua o nosso Processo…surreal à moda de Kafka…simples como umas
saias à moda De Campo Maior…
3 comentários:
Não venha ler se não gosta!
Quando se tem um blog temos que aceitar todo tipo de criticas, não só as positivas!
Claro que sim. Mas acha que a sua frase foi alguma crítica? Se não concorda opine e explique o seu ponto de vista. Agora não ponha uma frase fechada e sem continuidade.
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