segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Flores em Ruínas

Calma…não foi abandonada a ideia de realizar as Festas em 2015. É claro que as flores do Jardim Florido vão desaparecer mas não é por esse motivo o título do post de Flores em Ruínas.
Durante as férias do DeCampoMaior estalou o escândalo do BES e muitos pequenos acionistas e aforradores viram o seu investimento no papel do Espírito Santo desaparecer. É verdade que as ações são, por definição, ativos com risco, mas ninguém pensa que vai perder tudo o que investiu.
Este mesmo pensamento tiveram os holandeses no século XVII antes de rebentar aquela que ficou conhecida como a primeira bolha financeira da história. Ogier Ghislaine de Busbecq, embaixador da Holanda na Turquia, ficou rendido à beleza de umas sedutoras flores que rodeavam a sua residência em Constantinopla, a atual Istambul. As coloridas tulipas da capital turca agradaram-lhe tanto que cada vez que regressava ao seu país, brindava a fina flor da sociedade holandesa com exuberantes exemplares. A partir daí ninguém queria estar sem uma tulipa à janela e na Bolsa de Amesterdão, em 1620, começaram a transacionar-se, não só as tulipas, mas também os bolbos que dariam origem às tulipas de mais rara beleza. Os preços começaram a subir e desde aristocratas a pequenos agricultores todos investiram na bolsa pensando que os preços subiriam indefinidamente e seria sempre possível obter mais ganhos. Estavam reunidos os ingredientes de uma bolha especulativa.
Só que todas as bolhas rebentam e em 1637 alguns comerciantes mais experientes começaram a vender as suas participações de tulipas e bolbos. O pânico instalou-se e os preços baixaram em flecha da mesma forma que muitas fortunas desapareciam.

Mas isto foi apenas uma pequena história de flores. Agora todos a inscrever as suas ruas nas Festas de 2015 e a começar a fazer flores, que estas não perdem valor.

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