Um tal de Rowland Hill, membro do parlamento britânico, emocionado com um
episódio que acabava de presenciar, inventou o selo de correio. A inovação
aconteceu porque uma mulher, por não ter um “penny”, recusou uma carta que lhe
era enviada da guerra pelo seu noivo. Nessa altura o correio era pago em
destino e, já se vê, havia muitas cartas que não eram recebidas. Rowland
sugeriu que se começasse a pagar no remetente e por isso foi criada uma taxa
nacional, confirmada com um selo com uma esfíngica, anafada e conservadora figura
da rainha Vitória.
Hoje o tempo quase deixou a carta fora de uso, o tempo encarregou-se de
anular essa inovação ou melhor substituiu-a pelo moderno email, quando não
pelas sms e aplicações de comunicação instantânea.
O próprio tempo sofre inovações, não o tempo cronológico, mas o
meteorológico. Esta semana a RTP deixou de ter um meteorologista em estúdio,
passando a informação da chuva e do Sol a ser dada despersonalizada. Sinais dos
Tempos!
Nos tempos que correm ser inovador e empreendedor é uma grande ajuda para
todos porque se criam empregos e riqueza se os negócios alcançam sucesso.
Infelizmente Portugal não tem esta cultura massificada. Se antes da revolução
havia uma ditadura que limitava a imaginação, o pós-revolução e as
nacionalizações também colocava o Estado na “obrigação” de dar emprego. Mas os
tempos atuais requerem imaginação, não só na nossa vida profissional mas
pessoal. É necessário ser-se inovador e saber quando nos havemos de reinventar.
Recolhi um bom exemplo disso mesmo ao ler uma notícia que dava conta que a
industria do calçado do Vale do Ave renasce das cinzas através de ideias tão
revolucionárias como a personalização do calçado desde a cor da palmilha à
gravação de imagens enviadas pelos clientes. É o tempo que faz! Espero que
sirva de exemplo a muitos de nós aqui em Campo Maior e em Portugal inteiro.
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