Aquando das últimas
Festas das Flores falei aqui do Ernest Hemimgway e da sua grande “aficion”
pelas Festas de San Fermin e Pamplona. Hemimgway escreveu, em 1926, o livro “Fiesta”
baseado na sua paixão pelo mundo do touro e pela cidade.
Lamentei também
que ele não tivesse passado por cá para ver as nossas Festas das Flores
tornando-as assim ainda mais conhecidas.
No entanto, as notícias
que dão conta da candidatura das Festas das Flores a património da Unesco
prometem dar a conhecer, mais ainda, as nossas Festas de papel.
O processo de
candidatura é complexo e será apresentado em 2017 à Unesco. Está a ser
preparado entre a Associação das Festas e a Região de Turismo de São Mamede
prevendo-se a sua conclusão em junho de 2015.
Lamentaria também
o Hemimgway não ter passado por cá. As festas de Pamplona e do touro são também
festas de morte e, talvez por isso, Hemimgway suicidou-se em 1961.
As Festas podem
tornar-se imortais com esta candidatura, e não digo que o Hemimgway ficasse igualmente imortal, mas decerto viveria mais anos pois as Festas das Flores não são de morte…são
de vida!
9 comentários:
Caro Jack,
Permita-me a observação, “Festas das Flores” há muitas, mas “Festas do Povo” são só as nossas. É sempre um prazer ler os seus post. Cumprimentos.
Caro Anónimo,
Obrigado pelo comentário e observação mas digo-lhe que nunca gostei da designação de Festas do Povo. É uma designação que não diz nada sobre o conteúdo e forma das Festas. Povo é uma abstração que nesta designação não comunica nada.
É uma questão de Marketing, Comunicação e Gestão de Marca.
Caro Jack,
Por ser uma questão de Marketing e Branding é que a diferenciação é importante. Povo é sem dúvida uma abstração, mas com muita força de comunicação. É bom lembrar o que respondemos quando nos perguntam “Quando são as próximas festas? Quando o Povo quiser”. Temos visões diferentes sobre este assunto, o que é bom, como diz o velho proverbio da discussão nasce a luz. Cumprimentos.
Caro Anónimo,
Já sabia que ia puxar desse argumento. Mas as duas visões não são incompatíveis: "Quando são as próximas Festas das Flores? Quando o povo quiser."
Mas deixe que lhe diga uma outra opinião: se as Festas não tiverem um carácter regular vão acabar por morrer. Umas Festas que dependem da passagem de conhecimentos não aguentam 10 anos sem se realizarem.
Por isso a escolha é simples: ou nos renovamos ou morremos. E depois caro anónimo todos sabemos que a escolha do povo nunca é consensual e basta que um grupo de pessoas queira para se gerar um efeito bola de neve!
Caro Jack,
Numa coisa estamos de acordo ou nos renovamos ou morremos, sem duvida que o povo não é consensual mas como disse e bem, basta uma parte do povo querer e o sonho torna-se em realidade.
Mas continuo a defender que são "Festas do Povo" pois "Festas das Flores" há no Redondo, na Madeira, entre outros locais, por isso temos que nos diferencial , criar uma marca própria que possa ser divulgada sem gerar confusões. Mas sejam "Festas das Flores" ou "Festas do Povo" o importante é acreditar que vão ser consideradas Património Mundial. Cumprimentos.
Caro Anónimo,
Estou de acordo que nos devemos diferenciar. Eu chamo-lhe Festas das Flores porque há mais quem lhe chame assim. Mas o importante mesmo é refletir sobre as mesmas dando-lhe dimensão. No Redondo, as Festas, têm crescido em qualidade e notoriedade. Já deixámos que a Festa do Café seja feita em Marvão não devemos cometer mais erros.
Olhe e sempre lhe digo, quer apostar que o "povo" vai querer Festas em 2015?
Caro Jack
Grande post! Concordo consigo, Jack. As nossas festas são Festas das Flores não são Festas do Povo. As Festas do Povo eram as festas que se realizavam quando o povo assim o desejava, eram feitas à noite ao serão depois de um dia de trabalho, se calhar por isso eram originais e quando chovia as lágrimas eram genuínas de um povo. Agora, as Festas das Flores são quando “alguém”, por capricho, o deseja, são feitas por mãos pagas para as fazer, não há originalidade porque apenas pagam para as executarem não para as pensarem, quando chove não há lágrimas porque a máquina que fez quilómetros de teto fez para se poder repor! Tem razão, Jack, estas são Festas das Flores, não são Festas do Povo.
Ao anónimo… volte sempre… superou o Jack!
Caro Jack
Reparo que não vai publicar o meu comentário e que vão mesmo mudar o nome às Festas. Faz bem e fazem bem! Faz bem não publicar o meu comentário porque há batalhas que se ganham em se perderem. Fazem bem em mudar o nome às Festas já que lhe roubaram a essência. O nome é ... peanuts...
Ah!E assim o forasteiro não é enganado!
Voltarei, meu caro Jack, voltarei...
Caro Anónimo,
Enganou-se como pode ver. Quanto à sua opinião apenas lhe digo que é este tipo de opinião extremada que destroi as Festas. Não há pessoas nas ruas para tanto trabalho. A vida é diferente daquela que era há 30 anos. Mas é claro que isto não cabe em certas cabeças duras.
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