A Brumas de Ávalon

Há lugares míticos que fazem parte da nossa imaginação ou que em algum momento passado fizeram parte de nós mas que se desvaneceram nas brumas do tempo.

Um desses lugares é Saba, de onde, diz a lenda, a sua rainha saiu em visita ao rei Salomão. Marco Pólo adensou o mistério situando este lugar, que teria visitado, por terras da Etiópia.

Outro lugar mais próximo de nós, pelo menos supostamente imaginado mais próximo de nós, é Ávalon onde o Rei Artur situaria o palácio de Camelot com os seus cavaleiros. Diz a lenda que Ávalon deveria ter ocorrido em Glastonbury no Somerset inglês.

Entre brumas situo a nossa vila velha que quando a noite cai, tomba sobre ela uma densa tristeza e escuridão. A fronteira situa-se na Rua da Canada e Mouraria. Não é necessário que Marco Polo a tenha visitado para ser lembrada, outrora, mais cheia de vida e habitada. Recentemente desapareceu um comerciante antigo da zona, mas havia mais espaços comerciais. E havia o salão de jogos que trazia muitos jovens e risos por ali. Agora há alguma insegurança e silêncio. A vila velha iluminada de vida e luz faz parte da imaginação, é mais um desses lugares míticos que se desvaneceu por entre as brumas.