“Um fantasma
percorre a Europa: o fantasma do comunismo”. Com estas célebres frases
inicia-se o Manifesto Comunista, escrito por Karl Marx em Bruxelas no Inverno
de 1847-1848 baseado em alguns apontamentos de Friedrich Engels. Nenhum dos
dois era proletário e eram originários de ambientes religiosos e sociais
distintos, no entanto, as suas afinidades lançaram as bases do socialismo científico.
Marx, observando
as novas relações de produção nascidas com a revolução industrial, previa que a
classe operária acabaria por provocar a queda da classe que a explorava, a
burguesia, dando origem à sociedade sem classes.
Karl Marx deve
estar a dar voltas no túmulo com este orçamento para 2014, a sociedade
portuguesa contraria a sua previsão, uma vez que cada vez mais a classe proletária
está esmagada com tantos cortes e tão extensivos. Há cortes aos pensionistas e
para os funcionários públicos os cortes vão logo a quem tenha um salário acima
de 600 euros. Como consequência os funcionários públicos acumulam perdas de 20%
do poder de compra em 3 anos e os privados 10%. Passam a ser todos proletários
para perder e considerados burgueses para contribuir. Além disso este orçamento
é apresentado como aquele que finalmente corta na despesa. É verdade, mas são
cortes cegos que não modernizam a máquina estatal. A reforma do Estado é, mais
uma vez, adiada.
Sócrates, na sua
tese de mestrado fala-nos da tortura
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