segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Anna Karenina

Num destes dias, numa conversa com uma amiga, esta perguntou-me se já tinha lido algo de Tolstoi. Respondi que não e no meu íntimo pensei que dificilmente o faria nos tempos mais próximos. Li os “Irmãos Karamazov” de Dostosiévki e confesso que, apesar de ter gostado, não me está a apetecer revisitar o dramatismo da literatura russa nem os ambientes czaristas e ortodoxos.
Mas Tolstoi é o autor de “Anna Karenina”, que uma sondagem da revista Time, há alguns anos, considerou o melhor romance de sempre. Eu pertenço a esse imenso…enorme grupo que apesar de não ter lido o livro conhece a célebre frase de início: “as famílias felizes parecem-se todas; as famílias infelizes são infelizes cada uma à sua maneira”. Perco, assim, tudo o resto, a descrição da vida quotidiana na Rússia da segunda metade do século XIX, a descrição das mudanças sociais e a história de amor entre Anna e o Conde Vronski.
Por cá foi fim de semana de inaugurações e apresentações. Por um lado as inaugurações da Casa Mortuária, uma obra há muito desejada, e da Casa Museu Santa Beatriz da Silva que espero faça parte de um projeto maior e integrado.
Mas também foi fim de semana de apresentações das listas dos candidatos à câmara municipal do Partido Socialista e do Movimento Partido da Terra. Apresentações no mesmo fim de semana…as famílias felizes parecem-se todas…mas como só uma poderá ganhar não faltarão diversas explicações para a derrota de cada um…as famílias infelizes são infelizes cada uma à sua maneira!

3 comentários:

Arresvalhei disse...

Eu agora ando a ler um livro - "Joanna Burrikina - o regresso". A frase retumbante deste livro, desta feita é "Uma nova alternativa." Eu penso que tudo o que é alternativa é novo. Quando entramos numa casa de alterne temos um leque de senhoras à escolha: loiras, morenas, mulatas, etc. Se formos curiosos e ousados, provamos um pouco de tudo (haja dinheiro!!!). Durante 20 anos "li" "Joanna Burrikina". A dívida camarária disparou, aproveitaram-se dinheiros públicos para interesses próprios, foram feitos contratos à grande, a empresa municipal deu barraca, as piscinas... foi o que foi. Resumindo: corrupção à boa maneira portuguesa. em "Joanna Burrikina - o regresso", já se alternou um factor: o protagonista aparece como cabeça de lista de um partido monárquico, ou seja, identidade... ZERO. Estou curioso para ver qual será a nova alternativa. Para mim, há coisas que nunca mudam. Este, mudou de partido mas nunca irá mudar a maneira de governar. Li o programa eleitoral e achei tão bonito como patético. Para isso leio um bom livro de ficção.

Saúde!

Anónimo disse...

Mas que grande "açorda" que você arranjou. Nã tenho entendimento para essa Ana nã sê das quantas de que você resolveu falar no seu escrito. Mas tamém nã entendi como é que essa tal de Ana se vem misturar com a Casa Mortuária e mais a tal festa dos candidatos. Você arranjou aqui um rebulhão do caraças.
Mas falando de festas pra eleções, alembrou-me um ano em que se fez uma festa pra caçar o voto prá qual foi contratado um artista de renome, o Zé Malhou. A certa altura o cantante, achando que lhe tinham pago, e bem, pra isso, entre duas chapotas resolveu dar uma ajuda e gritou: "Agora espero que vocês votem no Burro". E acrescentou: "se o Burro for eleito, eu prometo que pró ano venho cá cantar de graça"
Foi uma gargalhada geral. A chapota deu em chacota. Ou tinham dado mal o recado ó home, ou ele nã tinha ovisto bem no meio daquela barulhera que todos faziam enquanto se empazinavam de comida. Sim que comida á borla nã se trinca todos os dias.
Mas eu nã pude dexar de pensar com o meus botões: "O que um Senhor Burro nã faz pra caçar o voto!" Já agora confesso que nã votei no Burro. Afinal os burros nã são bons pra governarem.E até hoje continuo a pensar do mesmo modo.

Jack The Ripper disse...


Tem razão Amigo Carlos! devia ter cortado. E o Amigo Carlos já comenta outra vez?