Quando, há muito
tempo, o festival da Eurovisão era um acontecimento, um tema de conversa
recorrente quando chegava a parte das pontuações era os arranjos entre os países.
Havia sempre a tendência para politizar os pontos trocados. Sempre quis
acreditar que se votava a melhor canção e por isso não ligava ao tema.
Na França,
François Hollande vai avançar com um programa para fomentar o emprego jovem. Chamou-lhe
New Deal, tal como o programa de Roosevelt que retirou os Estados Unidos da
grande depressão de 1929. Não tem a mesma dimensão mas é bom que na Europa se
comece a falar de emprego pois é o grande problema que tem que enfrentar.
O crescimento e o
emprego devem estar na agenda de todos os países, devem por isso, coordenar políticas
e remar todos no mesmo sentido.
Por isso, achei
muito mau as notícias que chegam de Inglaterra onde David Cameron tem dúvidas
sobre a continuidade da Inglaterra na União e pretende fazer um referendo sobre
o tema. Nick Clegg, o outro membro da coligação do governo, já veio a terreiro
afirmar que a saída da União “seria um erro calamitoso, porque nos tornaria
mais pobres e poria em risco milhões de empregos”. A ideia é haver coordenação
de políticas e não dúvidas existenciais. Mas pronto, se quiserem fazer o
referendo estão no seu direito. Agora o que não está bem é mandarem a Bonnie
Tyler a cantar a canção inglesa na Eurovisão. Querem ver que afinal o festival é
mesmo só política? Querem ver que estão a mandar a mensagem que não querem
saber da Europa? A sorte é que já ninguém vê o festival da Eurovisão!
2 comentários:
A Eurovisão não deve ter sido vista por muita gente...tal como muitos parecem não se ter apercebido que três escolas de negócios portuguesas mereceram destaque no ranking do Financial Times.
Caro Anónimo,
Como diz, e bem, não posso publicar o seu comentário mas digo-lhe que concordo consigo em 100%!
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