Acho que já aqui
vos falei de Ryan Bingham, interpretado por George Clooney no filme “Nas Nuvens”.
Ryan trabalha numa empresa de consultoria que se dedica em regime de
outsourcing, ao despedimento de trabalhadores de grandes firmas. Numa
entrevista a correr menos bem, Ryan tenta explicar o que de positivo trará a
sua condição de desempregado. Manipulador, olha para o currículo de Bob e
pergunta: a admiração dos seus filhos é importante para si? Claro, responde a
vítima a ser despedida. Duvido que o admirem, responde Ryan. Afinal você gosta
de cozinha francesa, é a isso que se deve dedicar. Quanto lhe pagou a empresa
estes anos para abdicar dos seus sonhos?
Pelo proposta do
FMI, que entrou mansamente mas que fez um estrondo enorme, seriam 120000 os
funcionários públicos a quem o Estado facilitaria os seus sonhos. Mas a
proposta vai mais longe: cortes nos salários, mesmo nos mais baixos, excedentários
despedidos ao fim de dois anos na mobilidade especial e pensões reduzidas. Os
professores voltam a ser alvo com 50000 possíveis dispensas e de entre eles
estarão muitos bons professores. É a tempestade
perfeita!
O Estado tem que
mudar é certo, mas não desta forma abrupta que propõe o FMI. Por enquanto é só
proposta mas só não pensará nisto quem andar Nas Nuvens!
1 comentário:
Segundo alguns "opinadores" locais, esse género não é cultura..Cultura será, segundo os mesmos, musica clássica,ou anglo-saxónica.E, ainda segundo os mesmos, a sala encheria....
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