segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Há muitos, muitos anos…


Começam assim muitas histórias, muito contos, muitos filmes…Hoje é de filmes que vos falo. Há muitos, muitos anos o cinema De Campo Maior era visto onde hoje está o Museu Aberto. Para se entrar na sala onde o filme era projetado tinha-se que passar pelo mercado que, se fosse sábado, teria tido nas suas bancas peixe e fruta fresca. O filme era projetado numa tela branca marfim e os bancos tinham o conforto da madeira. Devo lá ter visto todos os do Bruce Lee e uma boa parte dos do Bud Spencer. A promoção era feita com pequenos cartazes, que pouco mais teriam que o tamanho A4, e estavam colocados em locais, hoje insuspeitos, como a montra da farmácia. Quem explorava o espaço era uma senhora loura e o marido, que durante o dia também faziam a promoção com um carro de cujos altifalantes saia uma frase que muitos recordarão: “Hoje filme no cinema centrali”. Reencontrei a senhora loura com o marido num destes verões que se projeta ao ar livre no Palácio Visconde d’ Olivã. Gosto destas sessões ao ar livre, é quando visito o palácio, outro recanto bonito De Campo Maior. O projetor é velhíssimo e faz-se intervalo para mudar a fita mas já lá vi a moderna versão do Robin dos Bosques e um, não sei já qual, Pirata das Caraíbas. A senhora loura está igual mesmo após estes anos todos, parece que não envelhece, parece Dorian Grey que dá a sua alma para não envelhecer enquanto o seu retrato (projetor) envelhece cada vez mais. Muitos anos depois a dita senhora ainda esteve, com a mesma atividade, na Curpi. Também vi lá alguns filmes mas que agora não recordo.
Hoje o cinema De Campo Maior já é projetado com o moderno 3D o que nos coloca nas montanhas da Nova Zelândia ao lado de elfos e anões se estivermos a ver o Senhor dos Anéis ou ao lado de seres azuis se estivermos a ver o Avatar. A senhora loura já não está, quem é o responsável pela projeção é o Costa que, curiosamente, também parece não envelhecer…Querem ver que nos cinemas está a famosa fonte da eterna juventude que tanto procurou Ponce de León?

9 comentários:

Unknown disse...

Eu vi o Titanic na CURPI. Apesar das poucas condições que a sala oferecia, foi emocionante. Quando o barco estava a afundar, parecia que íamos todos dentro do barco. E o barco lá afundou... Lembro-me que se comiam as pipas e atiravam-se as cascas para o chão. Belos tempos! E lá estava mulher loira que tratava da publicidade e projecção dos filmes. Agora é tudo mais moderno, já vemos os filmes em 3D, ou seja, se quisermos ver o Titanic em 3D temos de levar botijas de oxigénio para nos salvarmos. É que o barco mete muita água!

Emma Goldman disse...

Srº Calúnias,
Essa do " Lembro-me que se comiam as pipas e atiravam-se as cascas para o chão. Belos tempos! E lá estava a mulher loira que tratava da publicidade e projecção dos filmes", revela que é um campónio de alto gabarito! A culpa não é sua ! A elegância é uma qualidade inata, não se aprende, reflecte-se !

Unknown disse...

Campónio, eu? Campónios eram aqueles que atiravam as cascas para o chão. Aliás, campónios não é bem o termo. Eu diria javardolas. Eu não comia as pipas porque faltavam-me alguns dentes da frente que me impossibilitavam descascá-las. Agora já tenho um teclado novo, já me posso rir à vontade da sua tentativa em atacar-me. Vejo que está mais evoluída. Serão os ares do "Faro Guadiana" que lhe trouxeram "inovação"? Essas viagens até Badajoz estão a fazer-lhe bem! Já viu? Há mais vida para além do Chá Preto e do mercado.

Apenas salientei um facto. O ser humano vive de sensações. Recordar é viver e quem não se recorda das cascas das pipas no chão da CURPI?

Unknown disse...

E digo-lhe mais: se só se focou na história das cascas no chão da CURPI, só tem um nome - BURRA. Eu teria vergonha em usar o "nick" Emma Goldman para escrever palha pouco inteligente.

Anónimo disse...

Vejam outro filme: o das nomeações do Ministério da Educação!

http://www.portugal.gov.pt/pt/o-governo/nomeacoes/ministerio-da-educacao-e-da-ciencia.aspx

Compensa ser motorista! Sempre são umas centenas de euros a mais do que os "bandidos" dos profs!

Anónimo disse...

Teremos a oportunidade de apupar esse senhor no início de fevereiro aquando do lançamento da obra do centro escolar. Ou vamos continuar a ser os mesmos rapazinhos simpáticos e submissos?

Anónimo disse...


Jack

É noite de sexta-feira e cá fiz a visita habitual ao blogue e não quero deixar de dizer que não me ria de forma tão espontânea e saudável quando li o post do Sr Calúnias em resposta à Emma Goldman.
Simplesmente hilariante.Nos tempos que correm faz bem rir.O humor faz parte da condição humana é sinal de inteligência,o ser humano é o único animal que ri,valha-nos isso.
Senhor Calúnias foi demais chorei a rir...
Por acaso lembro-me desses cinemas e de um senhor que lhe chamavam o "Drácula", e quando o filme parava a plateia gritava:
"Drácula arranja a fita".




Emma Goldman disse...

Ena, Sr. Calúnias, já tem um clube de fãs ! Parabéns !

Bem, acho o seu insulto legítimo! Ninguém gosta de ser humilhado publicamente.
Tem razão, ao focalizar-me nas cascas das pipas não falei no emocionante que deve ter sido vê-lo chorar todo desdentado quando o barco afundou !
Agora fiquei com vontade de ver o Titanic em 3D só para o ver chegar com a botija de oxigénio e as barbatanas...
Suponho que o "teclado novo" seja de ouro ? Sim, uma boca que diz coisas tão profundas só pode estar cheia de ouro...
É o que eu digo, a culpa não é sua!

Olhe o conselho de mudar de nick é recíproco! Bobo da corte ficar-lhe-ia que nem uma luva!

Cumprimentos Povero Rigoletto!

Joaquina dos Santos Abreu disse...

Meu Deus...esta "Emma Goldman" tem cá uma falta de humildade!! Primeiro insinua que é a dona da elegância; depois afirma que humilhou o outro; por fim propõe que o mesmo mude de nickname para bobo da corte, quando foi a ela que lhe coube fazer a figura ridícula!
Emma Goldman, como é hora do lanche, convido-a a comer umas torraditas acompanhadas de uma boa quantidade de chá!
E já agora deixo-lhe um conselho: A vida são três dias! Paremos de levar tudo a sério!
P.S. - É pena que não se tenha valorizado o post e a forma límpida como está escrito, retratando assim uma parte da história de um dos espaços de Campo Maior. História esta que também pertence a cada um de nós.