Só quando
sentimos na pele que algo nos prejudica ou nos limita os atos decidimos mostrar
o nosso descontentamento. É próprio do ser humano diriam uns, é próprio dos
povos do sul da Europa diriam outros. É verdade que sim, no norte da Europa
faz-se mais “medicina preventiva”. No contexto que vos falo, “medicina
preventiva” significa participação democrática. Não é nenhum segredo que os níveis
de abstenção em Portugal são elevados sempre que há eleições, tal é o descontentamento
com a classe política. Mas eis aqui o paradoxo: quanto mais abstenção pior será
a classe política porque os políticos serão piores quanto menos avaliação
tiverem e quanto mais gente “não estiver a olhar”.
A cidadania pode
ser exercida em vários momentos e dia 6, pelas 21 horas, no “Ciclo”, há mais um desses momentos na eleição para a
Associação de Pais e Encarregados de Educação de Campo Maior. Em algo tão
importante como a educação seria desejável uma participação alargada. Era
significativo para os membros da futura associação verificarem que representam
um conjunto de pessoas preocupada com a educação dos próprios filhos.
O De Campo Maior
apela à participação de todos os pais. Não vale a pena, depois, colocarem
partilhas irritantes no facebook quando as coisas correm mal. O problema
resolve-se em momentos próprios. Por isso, se Gostas…Partilha esta ideia, vai
votar e leva outro pai também!
2 comentários:
Jack
O seu apelo ao voto e à participação cívica trouxe-me à memória as palavras que José Saramago pronunciou na entrega do Prémio Nobel, em 1998. Aqui as deixo para contribuir para a não alienação dos nossos direitos e dos nossos deveres:
“Alguém não anda a cumprir o seu dever. Não andam a cumpri-lo os governos, porque não sabem, porque não podem, ou porque não querem. Ou porque não lho permitem aquelas que efectivamente governam o mundo, (…). Mas também não estão a cumprir o seu dever os cidadãos que somos. Pensamos que nenhuns direitos humanos poderão subsistir sem a simetria dos deveres que lhes correspondem (…). Tomemos então, nós, cidadãos comuns, a palavra. Com a mesma veemência com que reivindicamos direitos, reivindiquemos também o dever dos nossos deveres. Talvez o mundo possa tornar-se um pouco melhor.”
Excelente a sua lembrança, excelente o seu contributo. Volte sempre!
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