Teodora Cardoso, é uma excelente economista da nossa
praça, diz aquilo que pensa e quando diz que a administração precisa de uma
revolução é porque o diz com um grande fundo de verdade. Na conferência “As
privatizações não se discutem?” explicou que "não se pode ignorar que o objectivo
básico do orçamento é garantir a sustentabilidade e a boa afectação de recursos
na economia". Mais disse Teodora: "Quando o orçamento não chega,
gasta-se mais e de uma maneira ou de outra isso há-de ser pago. Se as empresas
públicas forem privatizadas, mas mantiverem este sistema não se ganha
absolutamente nada". Para a economista, "a qualidade da administração
pública é muito importante para o sector privado e é necessário que a
administração pública e a política orçamental funcionem para bem do próprio
sector privado".
Para já, e olhando para algumas medidas a nível local,
não parece que haja grande confiança na qualidade da gestão pública ainda mais
quando descentralizada. Por um lado as empresas municipais deverão ser
dissolvidas quando não sejam sustentáveis e por outro lado, já se diz baixinho,
que as câmaras deixarão de ser responsáveis pela cobrança de algumas taxas e
impostos. A ver vamos mas não é esta a revolução de que fala Teodora : "Temos
de ter uma administração pública muito diferente da que temos: mais
qualificada, com mais responsabilidades de gestão e com capacidade estratégica.
Isto é uma revolução"
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