segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Refundar o Estado


Ameaça tornar-se uma palavra que vai entrar no nosso quotidiano. Refundar o memorando da troika é, segundo o primeiro ministro, uma necessidade. Mas por trás desta refundação do memorando está uma refundação do próprio Estado e das suas funções e terá como face mais visível a redução do número de funcionários públicos. O objetivo é retirar de uma forma estrutural 4 mil milhões de euros da despesa pública e para isso as funções do Estado serão reavaliadas. O emagrecimento passará por rescisões por mútuo acordo, concessão de serviços a privados, passagem de funcionários para o quadro de excedentes ou extinção de empresas públicas e municipais.
Mas, para além do número de funcionários, o que tenderá a ser refundado serão as funções daquilo a que chamamos Estado Social.
O Estado entendido como Estado Social engloba essencialmente três áreas: a Segurança Social, a Saúde e o Ensino. Ora se nos últimos tempos tem-se falado na Constituição como a última barreira a alterações profundas nestas matérias o que é verdade é que a lei fundamental é um texto com uma interpretação ampla e tem permitido diversas alterações de acordo com as opções políticas. Se na Segurança Social a discussão parte de uma base mais consensual e não se apontam grandes mudanças no Ensino e na Saúde o conceito de “tendencialmente gratuito” é cada vez mais frágil e tendo uma forte dimensão ideológica vai ter no terreno político enorme discussão.

8 comentários:

Anónimo disse...

Não posso deixar de sentir uma certa decepção por constatar que o 3ºCentenário do Cerco de 1712, comemorado no passado dia 3, lhe foi completamente indiferente.
Estamos sempre a lamentar a pobreza cultural de Campo Maior. E, depois,não ligamos nenhuma ao pouco que acontece.
Nem que fosse para dizer mal...
Afinal, criticar já é uma forma de considerar.

Jack The Ripper disse...


Anónimo das 8 e 14,

Não me foi indiferente e está contemplado num dos proximos posts. Felizmente há temas. Um pouco de paciência!

Esterco disse...

Para aquelas pessoas que não têm televisão em casa (logo não vêm as notícias) este blog é óptimo. Mas, uma pessoa que veja notícias às 13h, às 20h e ainda, como se não bastasse, ainda dá um "lamiré" nas notícias da SIC Notícias, o blog é maçador. Não basta ouvir que está tudo mal, senão vir para aqui ler. O anónimo das 8 e 14 tem razão. No entanto, não acreditaria se o DeCampomaior não falasse da comemoração do 3º Centenário do cerco. Só se não esteve presente e nao tem matéria para fazer a sua crítica...

Jack The Ripper disse...


Caro Esterco,
Da mesma forma que pode mudar de canal pode mudar de blogue ou simplesmente não ler nada.

Outro reparo: a crítica que se faz aqui pode ser positiva ou negativa. Espero que tenha sido o sentido amplo do termo que tenha utilizado no seu comentário.

Volte sempre mesmo que seja uma maçada.

Esterco disse...

Pode interpretar a crítica como quiser e fazer caso (ou não) da gente que por aqui passa a criticar positiva ou negativamente. Só que, ultimamente, tenho reparado que só se fala das façanhas do estado que, resumindo, espezinha o povo todos os dias com impostos e reformas sem nexo. É o pão nosso de cada dia nos telejornais. A realidade, por muito assustadora que seja, tem de ser denunciada. Fale lá das façanhas do executivo camarário, que é o que o povo quer. Temos as eleições à porta!

Anónimo disse...

Cidadania (s)…

O Sr.Dr. Francisco Galego - com todo o respeito - narrou pedaços de história, reduzida á medida do passado ideológico - ou nacionalista - de um historiador.

Não simplifiquemos.

Já Nietzsche afirmava:
“O igual só pode ser conhecido pelo igual. De contrário reduzireis o passado á vossa medida”.

De qualquer maneira parabéns pela iniciativa, esperando que um historiador do” inimigo” possa apresentar a outra face desta “verdade” histórica.

Em roda pé acrescentaria(como advogado do diabo) que o Jack – parece-me - é simplesmente o administrador de um blog, e não um jornal diário que tenha que publicar todos os roubos ou crimes – ou lições de história ou química - acontecidos na “aldeia”.
Cumprimentos

Jack The Ripper disse...


Bem...uns querem que fale do 3º centenário do cerco. Outros do executivo camarário...isto assim é um blogue de posts pedidos. Mas ok venham de lá essas sugestões dos leitores que serão apreciadas para serem postadas

João Rosinha disse...

eu estive presente e posso-vos dizer que apreciei imenso a qualidade das palestras proferidas, que denotaram muitos conhecimentos, além de bem documentadas .E acima de tudo apreciei o nosso conterrâneo Dr.Galego, que mais uma vez brilhou , com uma exposição maravilhosa, demonstrando possuir imensos conhecimentos , e constatei que os restantes palestrantes, ( 2 do exército português e 2 espanhóis),ficaram rendidos à qualidade, pormenor e clareza com que expôs o tema.Parabéns Dr.Francisco Galego, e parabéns Campo Maior por possuir gente deste quilate entre os seus filhos.Pena é que muitas vezes não damos valor ao que temos dentro das nossas portas, preferindo o alheio, porque é alheio...