Noite de Cristal

Quem é leitor habitual do DeCampoMaior deve notar que tenho na segunda guerra mundial um tema do meu interesse e sobre o qual tenho algumas horas de leitura.

Em 1938, mais precisamente na noite de 9 de Novembro, ocorreram por toda a Alemanha vários atos de destruição de sinagogas, lojas, habitações e outras propriedades de judeus.

Para o regime nazi foi a resposta ao assassinato de Ernst von Rath, um diplomata alemão em Paris por um judeu polaco chamado Herschel Grynszpan. Para a história ficou como o momento do início do holocausto e da intolerância contra os judeus. Foi a noite que a história recordou para todo o sempre como a Noite de Cristal ou Kristallnacht nome inspirado nos cristais partidos das montras das lojas semitas.

Em Campo Maior a tradição é de tolerância, e até por curiosidade se refira que Campo Maior tinha no século XVI um número muito elevado de indivíduos acusados de judaísmo. Nos Autos de Fé da inquisição Campo Maior aparecia entre as terras do Alentejo com maior número de judeus.

No entanto, entenda-se aqui tolerância, num sentido lato e não apenas entre raças. A tolerância também tem a ver com o nosso semelhante e sendo estes dias de aniversário nada melhor que celebrar estas datas harmonizando relações seja com o colega de trabalho ou com o vizinho. Se deixarmos que estes conflitos “cristalizem” e se mantenham ao longo do tempo muitas noites de cristal surgirão.